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Sms promoverá curso para criar em santos a iubaam

Publicado: 4 de setembro de 2003
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Médicos, enfermeiras e agentes comunitários vão se tornar multiplicadores de informações para outros funcionários da rede municipal de Saúde, visando transformar as policlínicas em celeiros que incentivam a amamentação exclusiva no peito, durante seis meses. O curso de capacitação aconteceu terça-feira (3) e quinta-feira (4), na Associação dos Médicos, com intuito de envolver as policlínicas e a Casa da Gestante, e cada funcionário da unidade, num divulgador dos Dez Passos do Sucesso da Amamentação. Eles integram o projeto Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação (IUBAAM). O processo é semelhante ao adotado na concessão do título Hospital Amigo da Criança, que obedece rígidas normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, Unicef e OMS, envolvendo o estímulo à amamentação. Para tornar o aleitamento uma prática universal, a pediatra Keiko Teruya, que é consultora do Ministério da Saúde, esclarece que o curso aplica nova metodologia para atingir as mães. Transformando as policlínicas em UBAAM há mais chances de convencermos sobre necessidades e vantagens do aleitamento materno, que deve ser exclusivo até a idade mínimo de seis meses, recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). As agentes comunitárias Andrea de Andrade e Milene Nori assistiram às aulas e aprovaram a iniciativa. Passaremos o que vimos aqui para 30 agentes (de cada equipe) que estão em contato com centenas de famílias visitadas todos os dias, afirma Andréa. Já Milene lembra que os agentes ¨poderão estimular ainda mais o aleitamento com as informações recebidas no curso¨. O treinamento proporciona dados técnicos, vantagens da amamentação, princípios básicos de aconselhamento e abordagem, enfoca problemas que dificultam a amamentação, direito e proteção legal, visão holística da mulher, anatomia da mama, e tem parte prática, com a fisiologia da lactação, pega e posição, entre outros temas. A aula prática e construção do plano de ação vai acontecer dia 11 de setembro junto a grupo de gestantes ou de mães, com aplicação dos princípios básicos do aconselhamento, avaliação da mamada e ordenha manual. A falta de informação leva muitas mães a abandonar ou introduzir outros alimentos durante o período que deve ser dedicado exclusivamente ao aleitamento. Não amamentar durante o tempo recomendado pela OMS pode acarretar sérios problemas à saúde da criança. A chances de hospitalização por pneumonia é, por exemplo, 17 vezes maior em bebês menores de um ano que não foram amamentados no peito, e 61 vezes maior em menores de três meses. Crianças amamentadas demandam cinco vezes menos hospitalizações do que as alimentadas com fórmulas infantis (leite em pó, papinhas, chás etc.), mesmo em locais de baixas taxas de mortalidade. Existem inúmeras estratégias já desenvolvidas no País, através da Política Nacional de Aleitamento Materno como: Norma Brasileira de comercialização de Alimentos para Lactantes e Crianças de Primeira Infância, vigilância em Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL), Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), criação da Rede de Banco de Leite Humano, Projeto Bombeiros da Vida, Projeto Carteiro Amigo, Método Canguru de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso, Fiscalização dos Direitos da Mulher Trabalhadora que Amamenta, e mais recentemente, a Iniciativa Unidade Básica Amiga de Amamentação (IUBAAM). DEZ PASSOS PARA A POLI SE TORNAR AMIGA DA AMAMENTAÇÃO Todas as unidades básicas de saúde que oferecem serviço de pré-natal e de pediatria e ou puericultura devem : 1) Ter uma norma escrita à promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno que deverá ser rotineiramente transmitida a toda a equipe da unidade de saúde. 2) Treinar toda a equipe da unidade de saúde, capacitando-a para implementar exata norma. 3) Orientar as gestantes e mães sobre seus direitos e as vantagens do aleitamento materno, promovendo a amamentação exclusiva até os seis meses e complementada até os dois anos de vida ou mais. 4) Escutar as preocupações, vivência e dúvidas das gestantes e mães sobre a prática de amamentar, apoiando-as e fortalecendo sua autoconfiança. 5) Orientar as gestantes sobre a importância de iniciar a amamentação na primeira hora após o parto e de ficar com o bebê em alojamento conjunto. 6) Mostrar às gestantes e mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos. 7) Orientar as nutrizes sobre o método de amenorréia lactacional e outros métodos contraceptivos adequados à amamentação. 8) Encorajar a amamentação sob livre demanda. 9) Orientar gestantes e mães sobre os riscos do uso de fórmulas infantis, mamadeiras e chupetas, não permitindo propaganda e doações destes produtos na unidade de saúde. 10) Implementar grupos de apoio à amamentação, acessíveis a todas as gestantes e mães, procurando envolver os familiares.