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Sms inicia dia 5 campanha de vacinação contra rubéola

Publicado: 31 de outubro de 2001
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Durante 10 dias, de 5 a 14 de novembro, a Secretaria Municipal de Saúde, integrada à iniciativa que ocorre em todo o Estado, estará realizando campanha de vacinação contra a rubéola, atingindo mulheres, entre 15 a 29 anos, de forma indiscriminada, justamente por ser a faixa etária que se encontra na idade fértil e precisa de proteção. A infecção em gestantes é muito perigosa. A vacina é dupla viral e protege contra a rubéola e o sarampo. A meta é que 95% das mulheres nessa faixa etária – cerca de 45 mil em Santos - sejam imunizadas. Todas as unidades básicas (policlínicas) estarão empenhadas nessa tarefa, das 9 às 16 horas, e no dia 10, haverá uma maior mobilização. Além das policlínicas, serão criados mais postos - ao todo 60 -, vacinando das 8 às 17 horas. A campanha será divulgada através da mídia, faixas e carros de som, durante todo o período de 5 a 14 de novembro. Embora a rubéola seja uma das doenças agudas infecciosas mais benignas, ela se torna um problema de saúde pública quando relacionada ao risco de infecção em gestantes. Entretanto, se a mulher já estiver grávida, a vacina deve ser tomada após o parto, havendo contra-indicações durante a gestação. Outra recomendação é que a mulher que tomar a vacina deve evitar gravidez por um mês, no mínimo. A infecção congênita pelo vírus da rubéola pode provocar abortamento espontâneo, natimorto e malformações múltiplas no bebê. Dentre as anomalias presentes na Síndrome da Rubéola Congênita, as mais comuns são deficiência auditiva, malformações cardíacas, lesões oculares, entre elas retinopatia, catarata, glaucoma, e alterações neurológicas, entre elas microcefalia, menigoencefalite, e o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Essa doença, segundo alerta a SMS, é a principal causa de prejuízos da audição e cegueira evitáveis. É muito importante que as mulheres de 15 a 29 anos compareçam nas policlínicas para essa vacinação, o que vai garantir o nascimento de bebês saudáveis, imunes à síndrome. Apenas 28% dos países em desenvolvimento vacinam de rotina contra a rubéola. E justamente a maioria dos casos de SRC ocorre nesses regiões, onde há também notificação inadequada. No Estado de São Paulo, o programa de Controle da Rubéola e da SRC foi implantado em 1992 para toda a população de l a 10 anos, atingindo-se naquela ocasião uma cobertura vacinal de 95,7%. Essa vacina é ministrada hoje, de forma rotineira, quando a criança tem um ano de idade, dentro da vacinação tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba). Embora a cobertura vacinal contra a rubéola no Estado seja alta, ela não é homogênea. Cerca de 30 a 40% dos municípios, nos últimos dois anos, não atingiram a meta de vacinar 95% das crianças com um ano de idade. Este fato, aliado à falha primária da vacina (5%), contribui para o acúmulo de suscetíveis à doença. No decorrer dos últimos nove anos, o programa observou que houve um deslocamento da faixa etária da doença para a população de adultos jovens. A maior proporção dos 2.550 casos confirmados no ano 2000 no Estado, tanto em homens quanto em mulheres, encontrava-se na faixa etária de 20 a 29 anos (58,6%) e também o maior risco de adoecimento (23,7 casos em 100 mil habitantes) também residia nessa faixa etária. Outra observação é que surtos localizados vêm sendo notificados, e recentemente, houve um aumento da incidência em universidades e locais de trabalho. A estratégia da vacinação da campanha que será feita agora em todo o Estado, atingindo mulheres de 15 a 29 anos, mesmo naquelas que já foram vacinadas ou contraíram a doença, é diminuir a força de infecção, com queda da circulação viral e a consequente proteção às mulheres em idade fértil. A experiência nacional tem demonstrado que a vacinação indiscriminada proporciona maiores índices de cobertura vacinal, atingindo de forma mais efetiva a população alvo.