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Sms está integrada `a luta da não violência contra a mulher

Publicado: 23 de novembro de 2001
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Domingo (dia 25), é o Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher. Em Santos, a Prefeitura já vem dando passos concretos, na última e nessa gestão, com implantação de diferentes projetos, no auxílio à mulher vítima de Violência. E dentro de mais alguns dias, a Secretaria Municipal de Saúde, num trabalho em parceria com a Casa de Cultura da Mulher Negra, estará implantando em toda a rede, a Notificação Compulsória de Auxílio à Mulher Vítima de Violência, que abre novas perspectivas para a mulher que sofre espancamento doméstico ou outro tipo de violência, dentro ou fora do lar e, muitas vezes, tem pudor em revelar essa situação. Profissionais de Saúde estarão sendo treinados para observar sinais de violência, seguindo um protocolo que será oficialmente implantado em toda rede e que marca o pioneirismo de Santos nessa área. Dados da Organização Mundial de Saúde estimam que apenas uma, em cada 10 mulheres que procuram atendimento médico, é oficialmente reconhecida pelos profissionais de Saúde como uma mulher agredida. Minuta do projeto que estabelece todos os procedimentos que envolvem o Sistema de Notificação e Auxílio à Mulher Vítima de Violência já foi elaborado pela SMS e encontra-se agora na Secretaria de Ação Comunitária e Cidadania (Seac), para uma nova avaliação. Em seguida, será encaminhado à Câmara. A Seac também possui projetos que visam proteger a mulher vítima de violência e está trabalhando de forma conjunta com a SMS. SENSIBILIZAÇÃO Nos próximos dias 6 e 7 de dezembro, profissionais da rede de Saúde, médicos, enfermeiros, auxiliares, psicólogas e assistentes sociais, estarão participando de um seminário que trará especialidades para abordar a questão da violência doméstica. Será um encontro de sensibilização da rede, devendo comparecer dois especialistas convidados: Rosemary Miyaharo, do Centro de Referência à Violência do Sedes Sapientae, de São Paulo, e o médico Jorge Andalasta, da Escola Paulista de Medicina. Após a aprovação da legislação das normas da notificação, haverá o treinamento dos profissionais da rede, para estarem acolhendo de forma adequada a vítima de violência, sabendo observar os sinais de agressão. Em casos de estupro, o protocolo prevê medidas de profilaxia medicamentosa), incluindo vacinas, visando a anticoncepção de emergência e combater a exposição da vítima ao Vírus HIV. Além do atendimento médico, psicológico e social, a vítima também terá acesso à assistência jurídica, caso queira denunciar o agressor, numa parceria com a Casa da Cultura da Mulher Negra, que já tem um longo histórico de trabalhos nessa área. Outro ponto inovador do projeto é que a estrutura da rede também visa atender o homem violento, dentro de uma abordagem familiar. Para a SMS, Santos é um dos primeiros municípios do País a adotar o protocolo como instrumento poderoso para ajudar a mulher vítima de violência.