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Sms contempla pacientes com próteses e órteses

Publicado: 2 de julho de 2003
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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está intensificando a atenção e atendimento aos portadores de deficiência física, conseguindo acelerar a compra de próteses e órteses, superando, após muitas negociações com fornecedores, os entraves de preços (superiores à tabela SUS) que surgiram em várias licitações, abertas ao longo dos últimos dois anos. No último mês de maio, foi concluído um dos processos de compra, e contempladas, com próteses auditivas, 16 crianças que aguardavam esse benefício, há vários meses. E estão em fase final, três outros processos de compras de próteses e órteses que beneficiarão adultos, reduzindo de forma expressiva a fila de espera que superava a casa de cem pessoas. A iniciativa foi possível, em razão do incentivo dado pelo Ministério da Saúde, dentro da Campanha Nacional de Protetização. O ressarcimento dos gastos ocorre por meio do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (Faec). Deverão ser adquiridos, em breve, róteses auditivas que vão atender 62 pacientes, entre 20 a 87 anos, enquanto outros dois processos contemplarão pedidos encaminhados pela Seção de Reabilitação e Fisioterapia (Serfis) da SMS , beneficiando pacientes que perderam membros, pés, braços ou pernas. Para a compra de próteses, via Serfis, estão previstos 39 procedimentos, com custo de R$ 80 mil, enquanto que para órteses (materiais de apoio utilizados por pessoas portadoras de deficiência) haverá um investimento de R$ 39 mil. Serão adquiridos 76 produtos entre cadeiras de rodas, carrinho, muletas e tênis. É importante destacar que além do atendimento prestado pela Serfis e pelo Ambulatório de Especialidades (Ambesp), os pacientes que necessitam de órteses e próteses também ganham acompanhamento hospitalar,com investimentos mensais em torno de R$ 80 mil, segundo informa a chefia do Departamento Administrativo e de Infra-Estrutura, da SMS. REFERÊNCIA Muita gente não sabe, mas a Seção de Reabilitação e Fisioterapia – (Serfis), da SMS, realiza um trabalho multidisciplinar para atendimento a portadores de vários tipos de deficiência. E possui um elogiado serviço de habilitação profissional, referência para a toda a região, que prepara os portadores de necessidades especiais para o mercado de trabalho. Quem conhece a produção das oficinas de artesanato, pintura, estamparia, marcenaria, velas, mosaicos, bijouterias (funciona permanentemente na Avenida Conselheiro Nébias, 265, aceitando também encomendas) fica impressionado com a qualidade dos trabalhos elaborados por pessoas que não enxergam, têm deficiência física e auditiva, prevalecendo porém os portadores de algum tipo de doença mental. Já o Programa de Órtese e Prótese tem atendido, sobretudo, pessoas que sofreram perda de membros em razão de amputações, causadas, por exemplo pela diabetes, ou então acidentes e doenças congênitas. O objetivo do programa é melhorar as condições de vida dos pacientes, minimizando a dependência e ampliando potencialidades para a vida diária. Nas atividades práticas são realizados passeios a supermercados, shoppings e praia, o que motiva os pacientes a adquirir confiança para desenvolver várias tarefas, mesmo com as limitações físicas. Dependendo das doenças são formados grupos distintos com atenção diferenciada, como os portadores de Mal de Parkinson e hemofílicos. Para o neurologista Guilherme Troiani, chefe da seção, o trabalho da Serfis não se restringe apenas aos pacientes encaminhados pelos serviços públicos mas também, conveniados de planos de saúde particulares que não cobrem determinadas especialidades realizadas pela seção. Esse atendimento ocorre em fisioterapia ortopédica, reumatológica e traumática. Há também atendimento domiciliar para pessoas que não conseguem se locomover. CONVÊNIOS Com políticas públicas bem definidas em atenção aos portadores de necessidades especiais, a Prefeitura mantém uma rede de serviços que abrange as secretarias de Saúde, Educação e Ação Comunitária e Cidadaina (Seac), além de um estreito relacionamento com entidades sociais bem organizadas que são referência na área, como é o caso da Associação de Portadores de Paralisia Cerebral (APPC) e Casa da Esperança. São feitos repasses de recursos para pagamento de profissionais, tais como fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, assistente social e pedagogo. Somente a SMS repassa para a APPC cerca de R$ 16 mil mensais para pagamento de diversos profissionais dessa entidade. Para a Associação Casa da Esperança, além de R$ 12.500 para pagamento de recursos humanos, são transferidos cerca de R$ 6 mil para as consultas de fisioterapia que integram o tratamento dos pacientes dessa instituição. Também recebem ajuda da SMS, a Associação de Pais, Amigos e Educadores de Autistas e a Associação de Portadores de Deficiência Mental (Napne).