Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Seminário em Santos reforça necessidade de incluir autistas na rotina da sociedade

Publicado: 2 de abril de 2022 - 14h11

COLAR GIRASSOL

Expandir o olhar para o autista para além dos serviços públicos de forma a inserir a pessoa com transtorno do espectro autista (TEA) plenamente em ações do cotidiano é um dos desafios da sociedade. Até em situações corriqueiras como, por exemplo, a abordagem de um policial ou de uma autoridade, um autista pode ter dificuldade de se expressar ao ser interrogado ou abordado em via pública.

Este foi um dos alertas dados neste sábado (2), durante o seminário ‘Autismo: Inclusão, Conscientização e Ciência", realizado na Universidade Santa Cecília (Unisanta).

Celebrando o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o evento contou com a participação de representantes da Prefeitura de Santos e de especialistas, que discutiram temas como políticas para pessoas com deficiência, psicologia clínica em consultório, desenvolvimento neuropsicomotor da criança, entre outros. Estimativas apontam que a cada 44 brasileiros nascidos, um apresenta TEA.

Coordenadora de Políticas para Pessoas com Deficiência da Prefeitura de Santos, Cristiane Zamari fez um histórico das conquistas obtidas no Município para pessoas com espectro autista nos serviços e atendimentos oferecidos na rede municipal, que visam garantir direitos desta parcela da sociedade. "Algumas ações servem de exemplo para outras cidades do País".

ORIENTAÇÃO NAS DELEGACIAS

Segundo destaca Cristiane, sobre as ações voltadas à expansão do olhar das pessoas para os autistas, está sendo feita uma orientação nas delegacias de polícia e na Guarda Civil Municipal (GCM) para uma abordagem mais adequada às pessoas com autismo ou com algum tipo de deficiência não visível. "Isso para garantir cidadania e segurança para elas". Esta ação, explica Cristiane Zamari, integra a implantação do Colar Girassol, documento que facilita a identificação de pessoas com deficiências não visíveis, como no caso do autismo. Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/Santos, ela lembra que este registro fixado no Colar Girassol está valendo em Santos desde dezembro do ano passado, despertando o interesse de outras cidades da Baixada Santista.

COLAR GIRASSOL

O uso do Colar Girassol com a carteira identificando a pessoa dá a ela prioridade de atendimento em algumas repartições municipais, especialmente nas da Saúde. Informações sobre como obter o Colar Girassol podem ser obtidas pelo telefone 3202-1911 (da Coordenadoria de Políticas para Pessoas com Deficiência), de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h.

Cristiane Zamari afirma que embora os autistas estejam ocupando cada vez mais espaços na sociedade, "precisamos pensar neles fora das entidades". Para as empresas, o recado dado é buscar entender a potencialidade dessas pessoas e não focar na deficiência, nas dificuldades. "As empresas precisam medir o grau de funcionalidade da pessoa. Claro que a deficiência precisa ser olhada para romper as barreiras ambientais para que ela seja incluída no mercado funcional de trabalho".

CENTRO DE REABILITAÇÃO

Chefe do Departamento de Atenção Especializada da Secretaria de Saúde de Santos, Cristian Mark Weiser detalhou o funcionamento do Centro de Reabilitação e Estimulação do Neurodesenvolvimento (Cren), também conhecido como Clínica-escola do Autista, primeiro espaço 100% SUS (Sistema Único de Saúde) do País que atende pessoas com transtorno do espectro autista. "Além deste espaço, há toda uma rede municipal que dá assistência a essas pessoas, desde a Atenção Básica, onde nas policlínicas os casos leves e moderados são acompanhados, até outros setores".


 

 

Galeria de Imagens

auditório com várias pessoas sentadas e algumas que se apresentam, ao fundo, falando para o público. #paratodosverem
Seminário na Unisanta debate a inclusão