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Semana Miroel Silveira apresenta atrações culturais gratuitas neste feriado

Publicado: 30 de abril de 2014
16h 53

De 1º a 8 de maio, a Semana Miroel Silveira oferece gratuitamente concertos, filmes, espetáculo teatral, mesa redonda e ópera em diversos pontos da cidade. O evento apresenta ao público algumas obras do homenageado e os universos artísticos que influenciaram sua trajetória.

A programação começa nesta quinta-feira (1º), às 20h30, no Teatro Coliseu (rua Amador Bueno, 237, Centro), com o espetáculo ‘15 anos em mi bemol - Uma cena para Miroel’, com participação da bailarina Maristela Sild e do ator Márcio Souza. Durante a performance, a Orquestra Sinfônica Municipal de Santos (OSMS) interpreta trecho da ‘Sinfonia n° 39’, de Mozart e executa a ‘Sinfonia n° 1’, de Ludwig van Beethoven.

Nesta sexta-feira (2), às 20h30, no palco do Teatro Guarany (praça dos Andradas, 100, Centro) será interpretada a peça ‘A Noiva do Condutor’, opereta de Noel Rosa recriada e dirigida por Neyde Veneziano. No elenco, Adriana Fonseca, Rafael Marão e Tony Germano.

Mesa-redonda

Já no sábado (3), às 17h, na Pinacoteca Benedicto Calixto (av. Bartolomeu de Gusmão, 15, Boqueirão), a pesquisadora Maria Thereza Vargas, uma das principais teóricas das artes cênicas no Brasil, e a atriz Nydia Licia, empresária, produtora cultural e ex-esposa do falecido ator Sérgio Cardoso, compõem a mesa-redonda 'Miroel, o Teatro e seu tempo'. A mediação é de Carlos Cirne.

Às 17h de domingo (4), o Coliseu abriga a montagem ‘Madame Butterfly- a ópera contada e cantada’, produção baseada na ópera homônima de Giacomo Puccini.
A programação prossegue no dia 6, com o Quarteto de Cordas Martins Fontes, na pinacoteca. O repertório traz obras de Mozart e Villa-Lobos.

Para o encerramento, o Balé da Cidade de Santos é a atração no Coliseu, no dia 8, às 20h30, com o espetáculo ‘Pedaços de mim’. Realização: prefeitura, com apoio do governo estadual e Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto.

Cinema

Para quem curte cinema, a ‘Semana’ reservou uma série de filmes que serão exibidos no Museu da Imagem e do Som de Santos (Avenida Pinheiro Machado, 48, Vila Mathias), sempre às 16h e 19h30, com roteiros dos longa-metragem produzidos por Miroel Silveira. O primeiro é ‘A Moreninha’, nesta sexta-feira (2), e o segundo é ‘Quem matou Anabela?’, dia 6. Já no dia 7 ocorre exibição do curta ‘O Cinema em Marcha Nacional’ e, na sequência, ‘Simão, o Caolho’. A entrada é franca.

A herança de Miroel Silveira

Militante das artes, o santista Miroel Silveira (1914-1988) registrou seu nome na cultura brasileira e na história de Santos. Foi escritor, ensaísta, teatrólogo, crítico teatral, jornalista e professor. Com olhos atentos, levou ao teatro a então bailarina Cacilda Becker; foi incentivador da carreira do compositor santista Gilberto Mendes (de quem foi cunhado); e diretor artístico da primeira companhia teatral da atriz Bibi Ferreira. Também dirigiu o primeiro trabalho profissional da atriz Marisa Orth.

Como escritor, deixou três livros de contos, entre eles ‘Caiu na Vida’ (com um dos textos, ‘15 anos em mi bemol’, que inspira o espetáculo de abertura do evento), uma novela, além de traduzir ‘César e Cleópatra’, de Bernard Shaw. Também emprestou sua habilidade literária para escrever o roteiro do filme 'Simão, o Caolho' (obra que será exibida na programação).

Nas artes cênicas, a partir dos anos 40, no Rio de Janeiro, deu as diretrizes do que seria o teatro brasileiro moderno, sendo um dos responsáveis em profissionalizar o grupo 'Os Comediantes', uma das mais importantes companhias do Brasil. Seus textos e críticas teatrais foram publicados pelo 'O Jornal', 'Diário de Notícias', em periódicos do grupo ‘Folha de São Paulo’ e ‘A Tribuna’.

Frase:

“A televisão sempre descobre com vinte anos de atraso (com uma técnica material esplendorosa), tudo quanto o teatro já usou e gastou (...)” Miroel Silveira.

Foto: Silvia Masini