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Semana de combate à hanseníase vai acontecer de 22 a 26 de abril

Publicado: 18 de abril de 2002
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A Secretaria Municipal de Saúde vai promover de 22 a 26 de Abril a Semana de Combate a Hanseníase, visando detectar, de forma precoce, casos dessa doença que ainda existe de forma endêmica no País e no Estado de S. Paulo. Seis mil folhetos, faixas e 500 cartazes estão sendo colocados nas unidades de Saúde, estabelecimentos bancários, universidades e veículos de transporte, com o objetivo de chamar a atenção da população sobre esse mal que tem cura, sobretudo se for descoberto logo no início. Um dos alertas dos folhetos envolve a importância de se procurar um serviço de saúde, público, conveniado ou particular, se a pessoa tiver manchas pelo corpo com diminuição da sensibilidade ao tato, dor ou calor. Em Santos, em dezembro do ano passado, o coeficiente de prevalência da hanseníase era de 0,83 por 10 mil habitantes, representando 35 pacientes ativos em tratamento, sendo que 19 foram novos casos que surgiram no decorrer de 200l. No ano anterior – 2000 - a prevalência foi maior, 0,96 por 10 mil habitantes e 40 portadores ativos. Dos pacientes em tratamento no ano passado, sete tinham a forma mais grave da doença, que provoca deformações e acaba gerando o preconceito social. O tratamento é gratuito, com determinado número de doses de um coquetel poliquimioterápico, durante período de 6 a 36 meses. REDE É CAPACITADA A MELHOR DIAGNÓSTICO Hoje, sexta-feira, no Ambulatório de Especialidades da Zona Noroeste, das 10 às 11 horas, está ocorrendo curso de capacitação para funcionários da rede da SMS, a cargo de Serviço de Vigilância Epidemiológica, visando levar os profissionais de Saúde, desde a recepção, passando pela enfermeira e também o médico clínico, a estarem atentos aos sintomas da hanseníase, doença que é transmitida pela bactéria M.leprae, identificada pelo pesquisador G. Hansen em 1873. O período de incubação da doença é de três a cinco anos. Entre as atividades da Semana de Combate à Hanseníase também figuram palestras para pessoas que costumam freqüentar os ambulatórios do Centro de Saúde Martins Fontes ou Ambulatório da Zona Noroeste. Eles receberão orientações de funcionários da Seviep, com distribução de folhetos trazendo informações sobre a doença. A hanseníase tem quatro diferentes formas de manifestação. A indeterminada e a tuberculóide (não contagiosas e classificadas como paucibacilar – pb ) e a dimorfa e a virchowiana (contagiosas e classificadas como multibacilar - mb). Os portadores dessa doença normalmente se queixam das manchas da pele que não doem, não coçam e nem pegam pó. Essas lesões cutâneas provocam alteração da sensibilidade da pele com comprometimento do tronco nervoso. Por isso há sensação de formigamento, queda de pêlos e muitas vezes as pessoas queimam-se ou cortam-se sem sentir. Havendo suspeita da doença e caso a opção seja pelo serviço público, essa consulta será agendada. Se houver a necessidade de especialista, ocorrerá o encaminhamento para dermatologista do Ambesp para confirmação do diagnóstico, inclusive com exames baciloscópico ou histopatológico.