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Semana da consciência negra prossegue até o dia 21

Publicado: 14 de novembro de 2008
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As atividades da ‘Semana da Consciência Negra’ prosseguem até o dia 21, organizadas pelo Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra. Segunda-feira (17) haverá apresentação de capoeira e demonstração das religiões de matrizes africanas (candomblé e umbanda), na Praça Mauá (Centro Histórico), às 12h. Na terça (18), também na Praça Mauá, às 12h, o cantor Celso Lago fará um show. Uma caminhada histórica percorrerá os quilombos do Jabaquara e do Pai Felipe, na quarta (19), saindo às 9h da Igreja de Nossa Senhora do Rosário. A escola de samba X-9 se apresenta na Praça Mauá, às 12h, e haverá entrega do Troféu Zumbi dos Palmares, em comemoração aos 120 anos da abolição da escravatura, na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), na Praça José Bonifácio, às 19h. No dia 20, quando se comemora o ‘Dia Nacional da Consciência Negra’, serão depositadas flores no busto de Zumbi, na Praça Palmares, às 10h, e plantadas mudas de iroco e dendezeiro. Às 18h, será celebrada uma missa na Igreja de Santa Josefina Bakhita, na Vila Nova. Encerrando a semana, no dia 21, haverá apresentação do grupo ‘Andanças’, na Praça Mauá, às 12h. SANTOS ABOLICIONISTA - PARTE 2 Muito antes de os moradores de Santos aderirem ao movimento abolicionista, um santista ilustre, o Patriarca da Indepedência, José Bonifácio de Andrada e Silva, ofereceu a primeira prova pública e prática em favor da causa. Em 1820 (68 anos antes da Lei Áurea), libertou os escravos de sua chácara dos Outeirinhos, proclamando a necessidade de equipará-los aos brancos e de substituí-los pelo 'braço livre'. Nos anos que se seguiram, em discursos no Senado e em manifestos publicados na imprensa local e nacional manteve ferrenha campanha contra os escravocratas. Nessa época, o município, de acordo com recenseamento publicado pela prefeitura em 1913, tinha 4.781 habitantes, sendo que quase metade (2.085) era de escravos. José Bonifácio morreu em 1838 e não presenciou o triunfo de sua luta e nem participou das comemorações pelo fim da escravidão. Mas, a população soube reconhecer a sua participação naquela importante conquista. Baseada no historiador Durwal Ferreira, a escritora Carolina Ramos publicou: "As festas se estenderam por oito dias e oito noites, com missas, comemorações populares com o apoio do comércio varejista e romaria ao túmulo de José Bonifácio de Andrada e Silva, pioneiro da libertação dos escravos no primeiro império". Descrevendo o dia-a-dia dos festejos, a autora registra: "No sétimo dia de comemorações, é colocada uma placa na casa onde morou José Bonifácio, hoje Rua XV de Novembro, 109 (sede da Câmara Municipal), e também um busto de mármore, em alto relevo como homenagem ao Patriarca".