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Semáforos para pedestres começam a ganhar novas botoeiras sonoras para pessoas com deficiência em Santos

Publicado: 1 de setembro de 2022 - 18h07

As botoeiras sonoras que acionam semáforos de pedestres por pessoas com deficiência começaram a ser substituídas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos). O primeiro local a contar com o novo modelo é o cruzamento da Avenida Ana Costa com a Rua Carvalho de Mendonça, em frente ao Lar das Moças Cegas.

Nesta semana, profissionais da empresa de trânsito aplicaram treinamento aos cerca de 230 alunos sobre o funcionamento e uso do equipamento.

Padre Cristovão Carvalho passou por treinamento e usou: "muito melhor" 

As novas botoeiras seguem normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e emitem três tipos de sinais: de localização, de mensagem de voz e sonoro, explica a gerente de Suporte Tecnológico da CET, Lígia Tokarewicz.

O de localização é emitido de forma espaçada, mas permanente, para que a pessoa com deficiência possa, pelo som, encontrar o local de travessia.

O segundo sinal é de mensagem de voz, que pode dar duas informações. Quando o botão for acionado por menos de três segundos, o equipamento informa “pressione por três segundos para modo sonoro”. Já se apertado por três ou mais segundos, entra a fala “travessia solicitada, aguarde”.

O terceiro sinal, também sonoro, é o bip com ritmo mais contínuo, que indica que o deficiente visual pode atravessar com segurança. Na parte superior da botoeira, há, ainda, uma placa com o seguinte texto em Braille: aperte por três segundos para o modo sonoro.

FUNCIONAMENTO

“É um equipamento que interage com a pessoa e proporciona melhores condições de segurança para a travessia”, diz a gerente da CET, observando, ainda, que o nível dos sons emitidos varia de acordo com a frequência do ruído na via.

“Ou seja, num período de maior volume de tráfego, quando há mais barulho, o som da botoeira estará mais alto. Já à noite, por exemplo, quando o movimento é bem menor, o som emitido torna-se mais baixo”.

Em Santos, há 34 pontos sinalizados com semáforos com botoeira. A troca dos aparelhos será feita de forma gradativa, em até três locais diferentes a cada mês.

A quantidade de semáforos de pedestres varia conforme as características do local. No caso do conjunto semafórico da Av. Ana Costa com a Rua Carvalho de Mendonça, são 12 equipamentos destinados à sinalização para travessia de caminhantes.

Ali, o sinal sonoro de localização, conforme definido em conjunto com o Lar das Moças Cegas, ficará desativado entre 19h e 7h. Os demais sinais não serão alterados.

DEMONSTRAÇÃO

Durante o treinamento aos alunos da instituição, profissionais da companhia expuseram um semáforo com a nova botoeira em sala para demonstração prática. Na oportunidade, também lembraram os cuidados para fazer a travessia com segurança e destacaram que os sinais sonoros não podem ser ignorados. "Já esperávamos por essas novas botoeiras e essas orientações sobre o equipamento tornam-se muito necessárias para os nossos alunos, para que não tenham problemas ao utilizar", disse Marta Valdívia, diretora do Lar.

Treinamento dado pela CET no Lar das Moças Cegas

Para Valéria Cristina da Silva, professora da entidade, o equipamento oferece uma condição muito melhor para aqueles que precisam. “Somos treinados para nos guiarmos por referências, tais como meio-fio, calçadas e guias rebaixadas. A botoeira com sonorização leva direto ao local de travessia”, comentou ela, que tem baixa visão.

O padre Cristovão José de Castro Carvalho, do Santuário do Valongo, também tem baixa visão e é aluno da instituição, onde participa de várias atividades. Ele acompanhou o treinamento, já utilizou os dispositivos instalados em frente à sede e resumiu sua avaliação. “Muito melhor”.