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Secult divulga os vencedores do concurso rui ribeiro couto

Publicado: 24 de junho de 2004
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Foram conhecidos na noite da última quarta-feira (23), data de nascimento do poeta santista Martins Fontes, os ganhadores do Concurso Literário Rui Ribeiro Couto. A solenidade de premiação foi realizada na sede da Sociedade Humanitária de Santos. Ao todo, 119 estudantes, de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental, elaboraram textos com os temas: Vida e Obra de Martins Fontes ou A Sociedade Humanitária. Os vencedores dos trabalhos sobre Martins Fontes foram: 1º lugar - Thais Pereira Dias Gusmão (Emef Martins Fontes), 2º lugar – Itallo Franzo Nunes e 3º - Ariel de Lima Tauil, ambos estudantes da Emef Florestan Fernandes. Já com o tema sobre a Humanitária, o 1º lugar foi para Marcelo José Marinho de Melo Filho (Emef Cidade de Santos). Alunos da Florestan Fernandes ficaram com o 2º lugar – Rafael Neves de Oliveira, e, também, com o 3º - Taynah Oliveira Freitas. Como prêmio, os estudantes que conquistaram o primeiro lugar receberam um telefone celular. Os segundos colocados ganharam uma bicicleta, e os terceiros, um walkman. O Concurso Literário Rui Ribeiro Couto, que tem o objetivo de despertar o apreço pela leitura nos jovens, além de manter viva a obra de escritores santistas, foi organizado pela Secretaria de Cultura e pela Sociedade Humanitária. O apoio cultural foi do Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista e das Lojas De Novo. Tema: Martins Fontes (Vida e Obra) 1º Lugar – Thais Hais Pereira Dias Gusmão (Emef Martins Fontes) José Martins Fontes – seus poemas Sonho de uma noite brasileira iniciou-se com o nascimento de um grande homem, que veio marcar o céu da cidade de Santos. A Anunciação ocorreu através das trombetas Na Floresta da Água Negra que O Rei dos Reis iluminaria na Balada Brasileiríssima onde uma Palmeira Imperial fincaria em nossa cidade um grande poeta que correria por vários países mas não abandonaria nunca o seu lugar tão amado, a nossa querida Santos. O poeta declama em sua poesia Meu Coração em oferenda ao Sol a sua Imortalidade que vai No além do além para confortar os corações de um povo tão amado. Na Confeitaria Colombo nosso então poeta se reúne com seus amigos mais nobres para falar de poesia e do nosso Brasil, Terra Verdeal que sempre descreveu com muito carinho. Fez poesia do Céu do José Menino falando de suas praias, de sua paixão eterna pela sua cidade, do sol, da luz do amor, do seu cantinho tão querido. No mar da vida o poeta fala de Minha Terra, minha casa e minha gente com tal beleza retratando a sua trajetória do nascimento e infância falando da A Chácara dos Martins local onde todos se reuniam: familiares, amigos, convidados dos convidados. Todos participaram deste ambiente familiar e afável, receita passada de geração para geração. Em fim neste ambiente tão aconchegante onde seus pais vivenciaram a amizade e no qual o poeta, médico, ensaísta,cronista, conferencista, teatrólogo, contista, ator, tradutor, soube escrever suas poesias com tanto louvor. O poeta tinha o poder de enxergar a vida com outros olhos, valorizando os mínimos detalhes. Sua via foi dedicada à medicina, às mais belas rimas e à paixão pelas mulheres sempre expressadas em seus versos. Deixou um grande exemplo de dedicação, fé e de crença na transformação do ser humano. Tudo isto é comprovado através de uma frase título, contido em um de seus poemas Como é bom ser bom que é lema da Escola EMEF Martins Fontes, na qual eu estudo Tema: Sociedade Humanitária de Santos 1º Lugar – Marcelo José Marinho de Melo Filho (Emef Cidade de Santos) Humanitária: igual a essa, nenhuma outra Foi no ano de 1879 que a Sociedade Humanitária dos Empregados no Comércio foi fundada com o intuito de ajudar a quem precisasse; isso aconteceu nove anos após o encerramento da campanha contra o Paraguai, devido a morte de Solano Lopes. A emancipação dos escravos negros andava rumo à vitória, ainda com os gritos eloqüentes de nosso amado Castro Alves, cuja voz, a morte tratou de calar para sempre, em 1871. Nessa cidade, há muitos anos, faziam-se campanhas para a arregimentação dos elementos dos empregados no comércio, com o intuito de amparar em socorro, em ocasiões de dificuldades, aos menos favorecidos pela fortuna. Assim, com uma boa biblioteca, sala de leitura, cursos de línguas e ciências em destaque, na conhecida como classe caixeral, de que vinha se tornando o jornalzinho domingueiro denominado O Caixeiro, que não durou muito, depois da vitória da generosa idéia, defendida em cada linha de suas colunas. Assim, na data de doze de outubro de 1879, em uma dependência do prédio em que funcionava a Escola do Povo, na Praça Mauá, foi instalada a Sociedade Humanitária dos Empregados no Comércio. Nessa ocasião, houve uma diretoria provisória, constituída assim: Presidente, Augusto Vieira; secretário, José Bento Fernandes e tesoureiro, José Bernardes de Oliveira. Em 1893, a biblioteca da Humanitária, cuja idéia de construção foi de José Francisco de Paula Martins, em 1880; já havia se tornado a maior da cidade, com 2.262 volumes. Não podemos deixar de mencionar José Martins Fontes, o brilhante poeta, quando falamos da Humanitária, pois os livros da biblioteca dela, eram do pai de Martins Fontes; Silvério Fontes, que ao morrer deixou-os para seu filho que doou para essa instituição. A Humanitária dispunha de médico, medicamentos, internação hospitalar e auxílio pecuniário em caso de falecimento, em favor de seus sócios e de outros. Devemos lembrar de Martins Fontes, também, como grande médico, Zezinho, como era conhecido, atendia a todos, sem distinção. Na Sociedade Humanitária instalam-se atualmente a Academia Santista de Letras, os Alcoólicos Anônimos e outros grupos sociais. Como não recebe verbas do Estado, a Humanitária sobrevive graças aos aluguéis de suas salas e de contribuições dos sócios. Eu acho que todos deveriam seguir o refrão do hino da Humanitária: Estribilho: Sejam patrões ou sejam empregados Mestres, doutores, filhos e pais Aqui nós somos, sócios amados Na Humanitária, todos iguais.