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Santos participa de projeto-piloto de prevenção ao lixo no mar

Publicado: 3 de dezembro de 2019 - 18h08
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Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) com 120 banhistas e 25 ambulantes das praias de Santos levantou diferentes perfis de usuários do ambiente praiano em relação ao lixo produzido por eles: há os que descartam corretamente, como também os que ainda deixam a desejar na limpeza após o uso, seja por indiferença ou por falta de conhecimento e de conveniência (veja mais detalhes abaixo).

Com o objetivo de mudar este cenário, um workshop inédito foi realizado em Santos nesta terça-feira (3), no Lab Procomum – Laboratório Cidadão da Baixada Santista. Os participantes têm a missão de propor estratégias que visem ao comportamento mais adequado do usuário de praia em relação aos resíduos por ele produzidos.  

Este é um projeto-piloto inédito, fruto de uma parceria da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) com a Abrelpe, Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA, na sigla em inglês) e Agência de Proteção Ambiental da Suécia (Sepa, na sigla original).

Estão envolvidos nesta iniciativa representantes das secretarias municipais de Meio Ambiente (Semam), Serviços Públicos (Seserp), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), ambulantes que atuam nas praias, publicitários, urbanistas, designers e entidades que atuam na destinação de resíduos sólidos.

“Precisamos trabalhar o comportamento dos usuários e também a gestão dos resíduos na praia de uma forma que seja conveniente para todos. Pensaremos também no tipo de infraestrutura que deve ser oferecida no ambiente de praia para que as pessoas ajam como gostaríamos para prevenir que o resíduo chegue ao mar”, destaca Gabriela Otero, coordenadora técnica da Abrelpe.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Marcos Libório, participa do workshop e afirma que “há uma luta permanente pelo lixo fora do ambiente marinho”.

EXEMPLO

Ninguém melhor que os ambulantes para conhecer o comportamento dos frequentadores da orla santista e ajudar a propor saídas para que o local, que também é o seu ambiente de trabalho, fique mais limpo e agradável para todos.

Há 5 anos, o comerciante João Cláudio Antunes Solha, proprietário do carrinho Mar&Sol Drinks (conhecido por ostentar bandeiras de diversos países, na Praia da Aparecida) adotou uma estratégia que ajudou a reduzir a sujeira deixada pelos clientes.

Para cada conjunto de cadeiras e guarda-sol, é fornecida uma lixeira plástica. Dessa forma, não haveria desculpa para deixar qualquer resíduo na areia, por menor que seja.

“Também instalei uma bituqueira no carrinho. É motivador fazer parte deste grupo que está engajado em discutir soluções que ajudem a modificar o comportamento dos frequentadores de praia em relação ao lixo”, destaca João.

Desinformação

Entre diversos aspectos, a pesquisa realizada pela Abrelpe em Santos identificou que ainda há desinformação em relação a quão poluente qualquer tipo de resíduo pode ser. Há pessoas que acreditam que a bituca de cigarro não polui, pois se degrada. O mesmo raciocínio ocorre em relação a resíduos orgânicos e materiais biodegradáveis.

No entanto, o cigarro e os biodegradáveis se dividem em milhões de partículas que, embora sejam imperceptíveis muitas vezes, estão no ambiente e poluem da mesma forma. Já o lixo orgânico atrai pombos, ratos, baratas e urubus ao ambiente da praia. Vale lembrar que os três primeiros animais mencionados ainda transmitem doenças ao homem.

 

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