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Santos intensifica busca para identificar casos de tuberculose

Publicado: 25 de abril de 2023 - 14h12

Com tosse há mais de uma semana, com maior frequência à noite, Yara, 42 anos, foi na manhã desta terça-feira (25) ao Centro de Controle de Doenças Infecciosas (CCDI) de Santos para fazer um teste de detecção da tuberculose. Mesmo sem febre, um dos sintomas da doença, a moradora do Macuco buscou o diagnóstico para saber se precisaria iniciar o tratamento.

E para identificar casos de tuberculose. O CCDI começou uma busca ativa na segunda-feira (24) com todos os usuários que passam pelo local. Esta pesquisa segue até sexta-feira (28), das 8h às 12h, na unidade que fica na Rua da Constituição, 556, Paquetá.

Enfermeiro epidemiologista do CCDI, Tulio Henrique da Silva explica que o teste realizado na unidade é feito em local aberto para evitar contágio. O escarro é feito em um pote, e o material é armazenado na temperatura entre 2°C e 8°C. "Ao término das coletas, o material é levado para análise no Instituto Adolfo Lutz. Orientamos as pessoas a voltarem ao CCDI para informarmos dos resultados".

Há cerca de um mês, uma outra ação foi realizada para a detecção da doença. Desta vez no Ambulatório de Tuberculose, que atende na Rua Nabuco de Araújo, 36, no Boqueirão. As testagens foram feitas em crianças, buscando identificar se elas tiveram contato com pessoas infectadas pelo bacilo de Koch, principal causador da tuberculose. Cerca de 150 crianças foram testadas, e o resultado positivo foi detectado em 80%.

Segundo destaca Tulio Henrique, o período mais crítico da pandemia de covid-19 resultou em aumento dos casos de tuberculose no mundo. Isso em razão do confinamento em que as pessoas se encontravam e aliado à falta de procura de testes e tratamento. “Embora seja considerada uma doença infecciosa grave, a tuberculose, quando identificada e tratada precocemente, sem interrupção do tratamento, tem 100% de chance de ser curada”.

A coordenadora do CCDI, Michele Cunha, ressalta a importância desta busca ativa. “Quanto antes for feito o diagnóstico, a pessoa já começa a ser tratada e, assim, para de transmitir a doença para outras pessoas. E como se trata de um tratamento prolongado, de no mínimo seis meses, quanto mais rápido ela inicia o tratamento, mais rápido ficará curada”.

ATENDIMENTO EM SANTOS

O munícipe que estiver com tosse por três semanas ou mais, seja ela seca ou não, deve procurar a policlínica de referência de sua residência para avaliação. A critério clínico, é oferecida a coleta de exame de baciloscopia de escarro, que identifica a doença. Dúvidas podem ser encaminhadas ao Programa de Controle da Tuberculose de Santos, que atende pelo número (13) 3222-1229. Santos contabilizou 236 novos casos de tuberculose no ano passado.
Febre (principalmente no período da tarde), suor noturno, tosse com secreção, perda de peso e falta de apetite são os principais sintomas que podem aparecer, porém não ocorrem em todos os casos.

Os medicamentos são disponibilizados gratuitamente pelo Governo do Estado. O tratamento tem duração de, pelo menos, seis meses, com ingestão assistida da medicação necessária na policlínica. O procedimento deve ser feito até o fim, para evitar o ressurgimento da doença com uma resistência maior ao medicamento utilizado. Se isso acontecer, é necessário realizar uma nova terapia. Em casos graves de resistência à medicação, o paciente deve ser internado.