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Santos inaugura novo espaço para acolher pessoas em situação de rua durante pandemia

Publicado: 17 de maio de 2020 - 17h59

“Na rua era terrível. Tínhamos receio porque ficávamos a mercê, correndo o risco de pegar essa doença”. A frase é de S.P., 45 anos, que voltou a ter uma casa, mesmo que temporária, para viver com dignidade. Ele é um dos atendidos no novo espaço para acolhimento montado pela Prefeitura, chamado de Casa Êxodo, que entrou em funcionamento neste domingo (17) para ampliar a proteção social da população em situação de rua durante a pandemia de covid-19.

Localizado na Rua Conselheiro Saraiva, 13/15, na Vila Nova, com 50 vagas e três baias para abrigar os animais pertencentes aos usuários, o equipamento dispõe de 13 quartos, com quatro beliches cada, e armários individuais com cadeado. Com este, são cinco espaços de atendimento em funcionamento na Cidade, totalizando mais de 260 vagas.

Natural de Araçatuba (interior do Estado), S.P. esteve em Macaé, no Rio de Janeiro, e chegou a Santos em março para trabalhar. Teve os documentos roubados e, em razão disso, não conseguiu iniciar o serviço na parte elétrica de um prédio. Estava morando na rua. “Sei que aqui terei assistência, com lugar para tomar banho, cama limpa e refeição”, comentou, ressaltando que, devido à pandemia, não pode voltar ao Rio de Janeiro.

A Casa Êxodo oferece espaços de higiene para cuidados pessoais, com acessibilidade, alimentação e guarda de pertences. Há também orientação e encaminhamento para quem necessita de documentação pessoal e de outros serviços públicos do Município. Por conta da pandemia, são disponibilizados máscaras faciais e álcool em gel.

“Eu não tinha para onde ir. Cheguei a ficar 12 dias na rua, ao lado do Fórum de Santos. É muito ruim. Trouxe mais duas pessoas comigo para cá, onde estou sendo bem tratado e acolhido”, disse outro atendido, M.S., 53 anos.


Segundo espaço aberto na pandemia

O serviço provisório foi viabilizado por meio de parceria – em caráter emergencial, pelo prazo inicial de 180 dias – entre a prefeitura e a instituição Vidas Recicladas, por meio de um termo de colaboração. O valor total do convênio é de R$ 501 mil.

Este é o segundo ponto de acolhimento que a Prefeitura abre nesse período de pandemia. O primeiro está em funcionamento desde março, na Rua General Câmara, e é gerenciado pelo Município.

“Aqui são oferecidas todas as refeições, além de acompanhamento técnico dos usuários, visando ser uma casa de passagem, com um plano individual de acolhimento para que, a partir disso, as pessoas possam retornar ao mercado de trabalho ou à cidade de origem o mais breve possível”, explica o secretário de Desenvolvimento Social (Seds), Carlos Mota.

 

Atividades

De acordo com o coordenador da Casa Êxodo, Edson Júnior (da instituição Vidas Recicladas), serão realizadas atividades com os moradores, como oficinas de estamparia, música e entretenimento, mantendo os cuidados de higiene e distanciamento. “Essa é a casa temporária deles. Os que trabalham saem e voltam. Funcionará 24 horas”.


Encaminhamento

O encaminhamento será feito como aos demais abrigos: pelo Serviço de Abordagem Social e pelo Serviço Especializado em Pessoas em Situação de Rua, ambos ligados ao Centro Pop, a porta de entrada para o direcionamento da assistência. O telefone para contato é 0800-177766.


Rede

A rede de acolhimento da população em situação de rua no Município conta ainda com o Seabrigo, o Seacolhe, o Serviço de Proteção em Situações de Calamidade Pública e Emergência, o Albergue Noturno e a Casa das Anas.


Coronavírus

Desde o início da pandemia, os abrigos passaram a adotar cuidados especiais, como restrição do fluxo diário de entrada e saída de pessoas estranhas aos serviços e redução de saídas desnecessárias (especialmente dos idosos e de outros grupos de risco).

Também são evitadas aglomerações em refeitórios, quartos e outros espaços, observando a recomendação de distância de pelo menos um metro entre camas e pessoas, além de limpeza e higienização dos ambientes.

 

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