Santos, epopéia de aventuras e grandezas

A fundação de Santos, em 26 de janeiro de 1546, decorreu de uma decisão estratégica, visando o desenvolvimento comercial da capitania. Sendo difícil a atracação de navios em São Vicente, onde Martim Afonso de Sousa havia chegado em 1532 e instalado a primeira cidade politicamente organizada do país, Brás Cubas foi incumbido de descobrir local mais adequado. Ele achou esse lugar do outro lado da ilha, dando origem ao aglomerado de casas denominado ‘Nova Povoação’, próximo a um pequeno morro chamado depois de Outeiro de Santa Catarina. Com isso, foi antecipada, em quase 500 anos, a vocação da Santos de hoje, o maior porto da América Latina. Ao longo do tempo, Brás Cubas foi implementando melhorias na Vila com a formação de lavouras, engenhos, criação de gado e novas construções. A Vila cresceu, tanto econômica quanto politicamente. Com sua visão de empreendedor, Brás Cubas ampliou o porto, dando novo impulso ao comércio, e fundou o primeiro hospital das Américas, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Todos os Santos, que depois daria nome à cidade. A Vila se destacou também por ter sido o berço de figuras históricas, como o padre-voador Bartolomeu de Gusmão, José Feliciano Pinheiro (Visconde de São Leopoldo) e os irmãos Andradas, entre os quais José Bonifácio, que teve papel fundamental na Independência do Brasil e cujos restos estão no Pantheon dos Andradas, no Centro Histórico. Atendendo a pedido seu que a Assembléia Provincial aprovou uma lei elevando a Vila de Santos à condição de cidade, em 26 de janeiro de 1839. Santos cresceu e hoje é uma das mais importantes do país. Porta de entrada da maioria dos imigrantes no início do século passado, é apontada pela ONU como um dos municípios brasileiros com melhor IDH (índice de desenvolvimento humano) e considerada uma das dez melhores para turismo de negócios no Brasil. Entre outras atrações, a cidade possui o maior jardim de praia do mundo, incluído no Guinness Book (livro dos recordes).