Santos embarga obra Gonzaga após solapamento de calçada; morros em estado de atenção

Michella Guijt Lopes

A Prefeitura de Santos, por meio do Departamento de Controle do Uso e Ocupação do Solo e Segurança de Edificações (Deconte), embargou uma obra, na noite desta quarta-feira (24), no Gonzaga. A construção do empreendimento imobiliário ocorre no terreno localizado na Rua Carlos Afonseca, altura do número 7, onde houve um solapamento da calçada.  A medida foi tomada por segurança dos trabalhadores, pedestres e imóveis no entorno.  A causa do acidente ainda está sendo investigada.

“Imediatamente viemos ao local do sinistro, onde responsáveis pela obra se dispuseram a adotar as medidas necessárias, entre elas aterrar o solo atingido já na manhã desta quinta-feira (25). Também verificamos que a obra está com a documentação regular. Vamos continuar a acompanhar os trabalhos de recuperação do trecho avariado”, explica a secretária de Infraestrutura e Edificações, Larissa Oliveira Cordeiro, que acompanhou os trabalhos no local.

A Defesa Civil de Santos vistoriou o empreendimento e imóveis do entorno. O órgão recomendou o isolamento de parte do andar térreo de um prédio vizinho, onde não houve necessidade de evacuação. Não foram verificados impactos do sinistro nos demais imóveis próximos. O trecho da calçada atingido permanece interditado e sinalizado.  

ESTADO DE ATENÇÃO

A Defesa Civil de Santos informa que o acumulado pluviométrico das últimas 72 horas atingiu 154 milímetros (às 21h desta quarta-feira). Os morros estão em estado de atenção. As equipes do órgão estiveram em campo atendendo chamados. Até a noite desta quarta-feira (24) foram contabilizadas nove ocorrências nos morros Caneleira, Marapé, Monte Serrat, Nova Cintra e Saboó. Entre os casos de maior relevância, um escorregamento de terra de pequeno porte, que atingiu uma casa desocupada no morro Santa Maria.

Já no Morro do Marapé foi registrada a queda de um muro, que atingiu cinco moradias. A Prefeitura Regional dos Morros foi acionada para a retirada do material que caiu sobre as casas. Após vistoria da Defesa Civil, os imóveis foram interditados. A Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) está fazendo o atendimento das famílias das casas atingidas. Na noite desta quarta-feira (24), apenas uma família buscou abrigo na Sociedade de Melhoramentos do Marapé, onde a Seds está disponível para assistência. As demais famílias optaram por se abrigar na casa de parentes.

No Saboó, a queda de um muro atingiu uma moradia, que foi parcialmente interditada pela Defesa Civil. O local não precisou ser evacuado. Também foram registradas quedas de algumas árvores, que já estão sendo vistoriadas pela Coordenadoria de Paisagismo. Não houve registro de vítimas em nenhum dos casos. Todos os locais atingidos serão vistoriados nesta quinta-feira (25).

“Tivemos no final da tarde desta quarta-feira chuva intensa que caiu de forma mais concentrada em alguns pontos da Cidade. A situação se agravou porque no período de volume mais intenso, por volta das 16h, também houve o pico da maré (1,50cm de altura). A maré se manteve alta até o início da noite. Neste cenário, trechos da Zona Noroeste alagam porque a maior parte dessa região se encontra abaixo do nível das marés mais altas”, explica o coordenador da Defesa Civil de Santos, Daniel Onias.

Desde dezembro último até final de abril deste ano, Santos executa o Plano Preventivo da Defesa Civil (PPDC), com a intensificação do monitoramento das áreas de risco. Munícipes podem acionar a Defesa Civil pelo telefone 199.

Esta iniciativa contempla o item 11 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Cidades e Comunidades Sustentáveis. Conheça os outros itens do ODS

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