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Santos dispõe de estrutura integral para prevenção e tratamento de câncer de mama

Publicado: 29 de outubro de 2012
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Atender o paciente de forma integral, oferecendo alternativas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de câncer de mama, com atenção tanto física quanto psicológica. Essa é estrutura do serviço oferecido pela prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde. A rede municipal conta com ambulatório especializado em mastologia no Instituto da Mulher e equipe multriprofissional: mastologistas, oncologista, psicóloga, assistente social, enfermeiros, auxiliares e funcionários administrativos.

A porta de entrada para o atendimento são sempre as unidades básicas ou de saúde de família, onde toda mulher deve passar por consulta anual com ginecologista, fazendo exame clínico das mamas. Além disso, é solicitada mamografia para pacientes a partir dos 40 anos. Na consulta, em caso de constatação de alterações clínicas ou histórico familiar - como mulheres com parentes de 1º grau que tiveram a doença antes dos 50 anos - , a mamografia começa a ser feita aos 35 anos. A prefeitura faz ao ano mais de 11.000 mamografias e não existe demanda reprimida.

Casos suspeitos são encaminhados ao ambulatório de mastologia, que no ano passado registrou 3.661 consultas. A unidade requer novos exames, como biópsia (retirada de tecido para exames) e ultrassom (exame de imagem). Confirmado o diagnóstico, a paciente é direcionada para procedimentos cirúrgicos ou tratamento com químio e radioterapia nos hospitais prestadores do SUS. Em 2011, o Instituto encaminhou 142 pacientes para biópsia, das quais 141 foram positivos.

Diferenciado
"Nosso maior diferencial, além da agilidade para a realização da mamografia, é o atendimento integral. Nossas profissionais acompanham o processo pré e pós-cirúrgico, dando às pacientes todo apoio psicossocial que precisam", diz a ginecologista Vera Aparecido Andrade, coordenadora municipal da Saúde da Mulher.

O acolhimento diferenciado é também destacado pela coordenadora do Complexo Hospitalar de Saúde da Mulher, Janice da Silva Santos, que gerencia o atendimento no Instituto. "Já na primeira consulta com o mastologista sempre está presente a psicóloga ou assistente social. A partir de então começamos a vigilância dessa paciente. Se ela não comparece em uma consulta, telefonamos e, caso não consigamos contato, solicitamos que o agente comunitário de saúde da unidade básica mais próxima de sua casa verifique. Não é preciso nem marcar hora para o atendimento com a psicóloga ou assistente social. Há quem busque orientação 15 vezes no mesmo mês e é sempre atendida".

Quem conta com esses cuidados aprova o trabalho. Ana Célia do Carmo Andrea, de 46 anos, descobriu que estava com doença no ano passado e desde então é acompanhada pelo Instituto. "O médico de me operou foi um anjo. Sigo todas as orientações e agradeço o apoio da equipe, pois quando uma mulher se descobre com câncer de mama é impossível enfrentar tudo sozinha", diz ela, que usa a internet para publicar textos sobre sua experiência e ajudar outras mulheres.

O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente do mundo, e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. A doença pode levar à morte, mas tem até 90% de chance de cura se diagnosticada e tratada no início. Alguns fatores de risco: casos de doença em parente de 1º grau (mãe, irmã ou filha), obesidade, sedentarismo, fumo, menopausa tardia e ter filhos tardiamente (após os 30 anos), ou não ter filhos.