Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Santista concorre a melhor paratleta das Américas em eleição no Instagram

Publicado: 3 de dezembro de 2021 - 17h32

A paratleta santista Beth Gomes é uma das concorrentes a melhor atleta paralímpica de 2021, em votação aberta ao público, promovida pelo Comitê Paralímpico das Américas na rede social Instagram (acesse também abaixo). Em agosto, ela foi medalha de ouro no arremesso de disco nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Em novembro, obteve o novo recorde mundial na modalidade em competição realizada na Capital.

A votação segue até domingo (5) e deve ser feita na área de comentários da publicação, com a menção ao nome Beth Gomes ou ao perfil dela na rede, @atletabethgomesoficial. Nesta quinta-feira (2), ela fez uma convocação para a eleição: “Vamos lá, pessoal! Conto com a força de vocês”.

SUPERAÇÃO E CONQUISTAS

A história de Beth no esporte teve início aos 14 anos de idade, no vôlei, mas teve o rumo alterado pelo diagnóstico de esclerose múltipla, doença autoimune que afeta o sistema nervoso central, causando perda de coordenação motora e dificuldades para andar, entre outros sintomas que se agravam com o passar do tempo.

Os primeiros sinais da enfermidade apareceram aos 28 anos. Ela integrava a corporação da Guarda Civil Municipal (GCM) quando se desequilibrou ao tentar saltar uma poça d’água. A partir dali, passou a se locomover com auxílio de bengalas e, posteriormente, de cadeira de rodas.

As novas condições físicas a afastaram do esporte, mas não definitivamente. Quinze anos após o diagnóstico, Beth voltou a competir, desta vez pelo basquete adaptado, já por meio da Fundação Pró-Esporte de Santos (Fupes). Nesta categoria, defendeu a Seleção Brasileira nos Jogos Paralímpicos de Pequim, em 2008.

A sequência na modalidade foi interrompida por um agravamento da doença, que a obrigou a migrar para o atletismo, no qual se consagrou no lançamento de disco. O reinício ainda foi prejudicado por novas consequências da esclerose múltipla, que a forçaram a mudar de classe (da F54 para a F53, na classificação de nível de deficiência), ocasionando a ausência nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

Entretanto, os anos seguintes foram de muitas glórias esportivas, com medalhas de ouro no Mundial de Atletismo de Dubai (Emirados Árabes) e nos Jogos Parapan-Americanos de Lima (Peru) em 2019. Já nos Jogos Paralímpicos de Tóquio (Japão), em agosto, Beth foi a atleta com idade mais avançada na delegação brasileira, 56 anos. Terminou com novo ouro e recorde, batido por ela mesma neste mês, no Meeting Loterias Caixa de Atletismo, na capital paulista.