Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Saiba por que o Dia da Árvore não é somente mais uma data no calendário em Santos

Publicado: 20 de setembro de 2022 - 18h48

Santos possui cerca de 36 mil árvores e nada melhor do que, nesta quarta-feira (21) - dia dedicado exclusivamente a elas -, os santistas conhecerem um pouco da importância de se ter áreas arborizadas e do trabalho realizado pelo poder público para os cuidados e a conservação de aproximadamente 120 espécies espalhadas pela Cidade.

São chapéus-de-sol, ipês, ingás e palmeiras que trazem sombra, reduzem a poluição atmosférica, formam barreira acústica e enfeitam as ruas, entre outras diversas vantagens de se manter espaços verdes na área urbana. Difícil encontrar alguém que não pare para admirar as palmeiras imperiais na Avenida Ana Costa ou a flora existente no Orquidário, no Jardim Botânico (foto) e até mesmo na orla da praia, diz o engenheiro agrônomo da Prefeitura, João Cirilo.

Há 20 anos ele atua com arborização e também é o responsável pelo curso de cuidador de árvores, que visa estimular a participação de voluntários interessados em se dedicar ao verde em Santos. Afinal, estima-se que haja 13 metros quadrados de árvores por habitante na Cidade. Mas, segundo a Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU), o índice considerado ideal é de 15 metros quadrados por habitante. Por isso, preservar os exemplares existentes e incentivar o plantio de novos é fundamental para o meio ambiente.

“A gente imagina que as pessoas no curso estão de coração aberto para entender os motivos e a importância de se ter árvores na Cidade, e elas têm um olhar preparado para isso”, conta Cirilo. Na capacitação, que ocorre até duas vezes ao ano e deve ter nova turma aberta em 2023, são passadas informações sobre educação, arborização e cuidados necessários com as árvores já existentes e as novas.

“Aprendem ainda os locais corretos para cultivá-las. Também recebem orientação para atuar com políticas públicas, informando sobre áreas onde possam ser plantadas árvores e quais espécies são adequadas para o local, por exemplo”.

GUARDIÕES

Os cuidadores de árvores atuam como verdadeiros guardiões do verde, dando um suporte e tanto para o pedacinho da flora que existe nos quintais, nas ruas, nos parques, enfim, onde houver um representante dela no Município. Pelo menos umas 100 pessoas já passaram pelo treinamento. O paisagista Paulo Rogério Santana é um dos voluntários do programa.

Há pouco mais de um ano, ele decidiu participar do curso. “Foi excepcional. Já tenho experiência de campo, mas agrega muito. A gente precisa sempre estar atento ao que acontece ao redor e aprendendo mais. Você olha a árvore e vê se ela está sadia. Avalio e aviso para o Cirilo. As novas precisam de muito cuidado no primeiro e segundo anos de vida. Também podemos fazer o replantio em outra área”.

A relação dele com árvores e o verde começou na infância, quando entrava escondido no carro do pai para acompanhar o trabalho de paisagismo feito pelo patriarca. Assim, foi natural seguir a mesma profissão. Agora é a vez da sua filha, Ana Clara (foto), de 8 anos, repetir a história. “Ela já me acompanhou umas duas vezes e fica muito feliz. Fico grato em ser um guardião das árvores. É a minha contribuição com as próximas gerações”.

É por tudo isso que o Dia da Árvore é muito mais que uma data destacada no calendário. “Todo mundo precisa ter qualidade de vida onde mora e o lado ambiental é um dos maiores agregadores de bem-estar para o ser humano. Ela está ali para ajudar e trazer benefícios como sombra, deixando ambientes mais frescos, diminui o barulho e até reduz o estresse”, finaliza Cirilo.

Fotos: Marcelo Martins e Arquivo.