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Roda de conversa leva informações e troca de experiências sobre o autismo em Santos

Publicado: 3 de abril de 2024 - 14h20

Levar a informação correta para conscientizar a população, promover a troca de experiências e fazer com que estigmas e preconceitos sobre o autismo acabem. Com esse objetivo, a Coordenadoria de Defesa de Políticas para Pessoas com Deficiência (Codep), da Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos de Santos (Semulher), promoveu, nesta quarta-feira (3), na Clínica-Escola do Autista, uma roda de conversa sobre o tema. A iniciativa faz parte das ações do Abril Azul, mês de conscientização sobre o autismo.

O evento contou com a participação de familiares de pessoas com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), equipe técnica da escola e integrantes da Guarda Civil Municipal (GCM).

“Quanto mais desconstruirmos conceitos que a sociedade impõe para nós ao longo da vida, mais conseguiremos ser pessoas anticapacitistas, pessoas inclusivas”, afirma a coordenadora da Codep, Cris Zamari, que apresentou o trabalho que a Prefeitura realiza para as pessoas com deficiência e falou um pouco dos direitos e da Lei Brasileira de Inclusão. Ela deu destaque à implantação do colar girassol em Santos, documento que facilita a identificação de pessoas com deficiências não visíveis, e ao combate ao capacitismo, quando se julga que as pessoas com deficiência não são capazes ou são inferiores.

A ativista do autismo Janaína Borba, 51 anos, compartilhou com o público a sua história de ter o diagnóstico tardio de sua condição de autista, há cerca de seis anos, e das dificuldades enfrentadas no dia a dia pela incompreensão das pessoas. “Quanto eu era criança, eu sentia que tinha algumas coisas diferentes comigo, porém minha mãe não sabia como lidar com as minhas condições. As crianças hiperativas, naquela época, eram vistas como birrentas e agressivas e os pais não tinham noção de como ajudar os filhos”, lembra ela.

Além de falar sobre as condições que devem ser observadas e dar dicas de como lidar com autistas, ela contou ainda como, no ano passado, quando, durante uma crise dentro de um ônibus, ela acabou sendo ajudada justamente por estar com o colar girassol. Com um congestionamento causado por uma tempestade, ela teve uma crise dentro do transporte coletivo e passou mal. Sem conseguir falar pelo pânico causado pela situação, ela mostrou o documento para um dos passageiros.

“As pessoas não sabem como lidar com um autista em crise. Foi um momento desesperador. Ao mostrar o colar girassol, um homem pesquisou no celular, me sentou no meio-fio e conseguiu me acalmar”, conta ela, que considera fundamental conscientizar as pessoas sobre o que é o autismo.

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde de Qualidade. Conheça os outros artigos dos ODS