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Revitalização do Centro Histórico de Santos é tema de palestra

Publicado: 8 de outubro de 2022
18h 57

As propostas da Administração Municipal de revitalização do Centro Histórico foram apresentadas na manhã deste sábado (8) pelo prefeito Rogério Santos e pelo secretário Glaucus Farinello, de Desenvolvimento Urbano, durante reunião mensal da União dos Veneráveis da Baixada Santista (Unigen), realizada no salão da Sociedade Humanitária do Comércio.

A entidade reúne veneráveis e ex-veneráveis de 34 lojas maçônicas existentes entre Itariri e Bertioga, subordinadas às Grandes Lojas do Estado de São Paulo (Glesp). “Fiquei arrepiado com a força da Maçonaria e com o trabalho realizado neste prédio histórico”, comentou o prefeito ao iniciar sua apresentação, enfatizando seu orgulho em ser também um irmão da ordem. “Da Maçonaria, levo para a vida o exemplo da escada em caracol, para que se veja sempre de onde começamos a nossa escalada”, prosseguiu, lembrando as palavras vontade, inteligência e sabedoria como base para qualquer ação. Após a apresentação, ele recebeu placa da Univen, em reconhecimento pelo esforço e valorização do Centro Histórico, assinada pelo presidente da entidade Roberto Taboada.

DESAFIOS

Para o arquiteto e urbanista Glaucus Farinello, o grande desafio do Centro Histórico é atrair moradores. “É a única região da Cidade que não tem moradia. Quando isso for feito, o Centro não vai mais parar após as 18h”, afirmou, lembrando que as construções habitacionais atrairão um comércio variado para atender à nova demanda. Comentando o título que Santos recebeu de cidade mais urbanista do Brasil, o titular da Sedurb ressaltou que o Centro dispõe de inúmeros atrativos: “Tem cultura, igrejas seculares, patrimônio histórico e uma bela paisagem que se pode apreciar dos locais altos”.

Conforme frisou, o patrimônio preservado “não é um vilão para o desenvolvimento”, dizendo que a legislação aprovada em 2019 flexibilizou exigências e hoje é permitida a criação de vitrines e até mesmo alterações de fachada. Em sua opinião, o VLT, cujas obras da fase 2 logo chegarão à Praça José Bonifácio, onde está a sede da Humanitária, vai garantir mais mobilidade urbana e obrigar uma reorganização do transporte público, levando a uma redução do número de carros no Centro.

REVITALIZAÇÃO

A médio prazo, prosseguiu o urbanista, a Administração investirá cerca de R$ 50 milhões em obras de revitalização do Centro. “Há projetos para a criação de um grande calçadão na Rua Tuiuti, ligando os museus Pelé e do Café ao Outeiro de Santa Catarina, e de uma nova estação para as catraias, atrás do Mercado Municipal, para que esse atrativo possa ser melhor explorado do ponto de vista turístico.”

Além disso, o Outeiro de Santa Catarina, marco da fundação do povoado de Santos, ganhará um boulevard no entorno, assim como a Rua XV de Novembro, hoje com apenas uma quadra de calçadão. “No Centro, o foco será o pedestre”, garantiu.

A Administração, frisou Farinello, conseguiu a transferência da Unifesp para o Centro, com cerca de mil estudantes matriculados, e vem promovendo várias atividades para o bairro, como Natal Criativo, Primavera Criativa, festivais do Café, Geek e do Imigrante, e até desfile militar.

UNIÃO

Rogério Santos ressalvou que o poder público não tem como resolver todas as demandas. “Trabalhamos com a realidade e fico indignado quando passo pelas ruas e vejo caixas de papelão jogadas nas calçadas, assim como recipientes com alimentos, fora do horário da coleta. E Santos tem o melhor sistema de recolhimento de lixo porta a porta. Desabafo como cidadão. Coragem e determinação não me faltam. Mas sozinho não faço nada.”