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Restauração de pinturas no marco inicial de Santos chega ao final

Publicado: 24 de outubro de 2023 - 11h21

Com os serviços concluídos, o restauro de pinturas no Outeiro de Santa Catarina passa por período de check list para entrega. O procedimento é de rotina, está previsto em contrato e ocorre em todas as obras municipais. Os arquitetos e a equipe de fiscalização da Prefeitura verificam detalhadamente se os serviços previstos foram executados de acordo com o projeto e, caso necessário, orientam a empreiteira a realizar ajustes, no prazo de até 30 dias.

O trabalho muito detalhado e minucioso de restauro das pinturas decorativas no Outeiro (Rua Visconde do Rio Branco, 48), foi realizado no salão do pavimento térreo e em dois cômodos interligados no pavimento superior da edificação, sob o gerenciamento da Secretaria de Infraestrutura e Edificações (Siedi).

O conjunto de pinturas decorativas foi encontrado durante intervenção anterior realizada no equipamento histórico, mas esse restauro não pôde ser incluído no projeto em andamento. Foi preciso elaborar um novo projeto e nova licitação para definir a empresa que faria a obra. No restauro foram empregados R$ 234 mil de recursos municipais.

JANELA HISTÓRICA

O trabalho dos restauradores começou com prospecção e análises de cor, que compuseram o mapeamento dos danos para permitir a recuperação das pinturas decorativas. Uma pequena faixa das evidências da prospecção foi deixada em uma das salas para registro histórico.

“Já nos locais onde antes existia uma porta ou uma janela, para não caracterizar o falso verdadeiro no restauro, foi deixado um painel em cor neutra que identifica o local original exato onde antes existia uma porta ou uma janela”, explica o arquiteto Roger Guerra, chefe do Departamento de Obras da Siedi.

ESPECIALISTAS

As pinturas decorativas foram restauradas pelo Estúdio Sarasá, especialista neste tipo de trabalho e que tem em seu portfólio trabalhos no Teatro Municipal de São Paulo, Museu do Ipiranga e azulejos dos monumentos da Serra do Mar e, em Santos, o retábulo do altar-mor da Capela da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, anexa à Igreja Santo Antônio do Valongo.

RESTAURO ANTERIOR

Na intervenção anterior, finalizada em 2022, o equipamento turístico, que faz parte do roteiro do Centro Histórico de Santos, foi restaurado e ganhou acessibilidade. Para tanto foi construída uma caixa de circulação externa com elevador e escada, além de uma plataforma entre os dois imóveis para acessar a Casa de João Éboli.

Os ornamentos dos arcos da fachada foram recuperados, assim como o painel artístico, e foi implantada a iluminação cenotécnica das fachadas. Tanto o projeto do restauro anterior como o do atual são de autoria do arquiteto Ney Caldatto, da Siedi. O espaço abriga atualmente a sede da Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams), que gerencia arquivos públicos da Administração Municipal e a memória documental e iconográfica da Cidade.

MARCO INICIAL

No século 16, o casal Luís Góis e Catarina de Aguillar ergueu, na base do pequeno morro, a Capela de Santa Catarina de Alexandria, junto à qual foi construída, em 1543, a primeira Santa Casa do País. Desde então, a região passou a ser ocupada, estendendo-se ao local que mais tarde seria a ‘Vila de Santos’ e, por fim, Santos.

Durante anos, o outeiro forneceu pedras para o calçamento das ruas e a ampliação do porto. Entre 1880 e 1884, o médico italiano João Éboli construiu uma casa acastelada no bloco de rocha que restou do monte e, em 1922, a Câmara Municipal reconheceu o Outeiro de Santa Catarina como o marco inicial do povoamento da Cidade.

Esta iniciativa contempla o item 4 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Educação de Qualidade.Conheça os outros artigos dos ODS.