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Representante da Unesco destaca pioneirismo mundial de Santos na abertura de evento sobre cultura oceânica

Publicado: 10 de outubro de 2022 - 15h20

Reunir governos, organizações não-governamentais, cientistas, jovens e a sociedade organizada para, em um esforço conjunto, proteger o maior ecossistema do mundo, os oceanos. Este foi o apelo feito por Francesca Santoro, coordenadora do programa “Ocean Literacy With All”, da Unesco, na manhã desta segunda-feira (10), durante a abertura do "Diálogos da Cultura Oceânica" (Ocean Literacy Dialogues), no Teatro Guarany. Até o dia 15, o evento vai reunir em Santos, cientistas, políticos, pesquisadores e estudantes de todo o planeta no evento da Unesco sobre Cultura Oceânica. Confira toda a programação neste link .

Em sua participação virtual, Francesca ressaltou que a Década do Oceano (de 2021 a 2030) tem o compromisso de promover o desenvolvimento sustentável, sendo a educação fator essencial para melhorar a cultura oceânica nas cidades. "Por isso, é de fundamental importância a realização deste evento em Santos, que foi a primeira cidade do mundo a promulgar uma lei instituindo a cultura oceânica nas escolas".
Francesca Santoro citou que tem como uma das metas na Unesco fazer com que os 193 estados membros da organização incluam conceitos da cultura oceânica nas escolas.

AÇÃO IMEDIATA

O prefeito Rogério Santos lembrou que a edição anterior do Diálogos da Cultura Oceânica foi realizada em Lisboa (Portugal) "e veio agora a Santos, através do oceano, como vieram para cá os grandes descobridores". Segundo o prefeito, quando se fala em diálogos da cultura oceânica, fala-se em conceito ESG (sigla em Inglês para práticas ambientais, sociais e de governança). "Todos nós somos aprendizes. As mudanças climáticas hoje estão muito presentes em nossas vidas. Precisamos agir de forma imediata".

CULTURA OCEÂNICA

O gerente da Fundação Boticário, Omar Rodrigues, enalteceu o engajamento da Prefeitura de Santos nas políticas relacionadas à Cultura Oceânica. "Nasci em Santos e vejo, de perto, o quanto este tema é levado a sério, e o quanto isso é vital para o Brasil".

Responsável pela Gerência de Educação para Sustentabilidade do Sesc, Denise Baena afirma que a aceleração das mudanças climáticas acende um sinal de alerta e somente a sensibilização da sociedade, governos e empresas poderá reduzir os impactos dessas mudanças. "Este é  um assunto de maior relevância para todos, em especial para os responsáveis pelas políticas públicas".

O secretário nacional de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação, Marcelo Morales, elogiou a iniciativa de Santos ao inserir a cultura oceânica no currículo escolar. "Isso é fundamental para a conscientização dos alunos". Morales citou que entre as prioridades de sua pasta está um trabalho para identificar o óleo e o microlixo dos oceanos.

Para a vice-reitora em exercício da Unifesp, Raiane Assumpção, devem-se observar as questões relacionadas à Cultura Oceânica com os impactos na vida das pessoas. "O oceano marca a forma de viver das cidades, marca a forma de a pessoa se vestir, o modo de comer. Devemos pensar em uma forma mais sustentável do ponto de vista das políticas públicas".

Para o diretor de Ciências Naturais da Unesco, Glauco Kimura, o pioneirismo da lei santista que colocou conceitos de Cultura Oceânica no currículo escolar pode servir de inspiração para outras cidades. "A Década do Oceano impõe esse desafio de conscientização da sociedade".