Representando Santos, nadador encara terceira Olimpíada
Esta é a última matéria da série sobre atletas de Santos que tentam vagas para Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, marcados para os meses de julho, agosto e setembro deste ano
Participar de uma Olimpíada é o sonho de qualquer atleta. Mas participar de três edições do maior evento esportivo do planeta é para muito poucos, como o nadador Léo de Deus (Unisanta/Fupes). Em Tóquio, aos 31 anos, ele buscará mais uma vez superar seus limites representando a cidade de Santos e o Brasil.
Quando Leonardo Gomes de Deus bateu o índice na seletiva realizada em abril no Rio de Janeiro e se classificou para os Jogos Olímpicos na prova dos 200 metros borboleta, ele já escreveu o nome na história da modalidade no Brasil. Afinal, são no mínimo 12 anos no topo do esporte, nadando entre os melhores do Brasil e do Mundo.
Na carreira, o atleta que começou na natação após acompanhar a mãe nos treinos de final de semana, acumulou conquistas como quatro medalhas de ouro em jogos Sul-Americanos, Pan-Americanos, o ouro no Campeonato Mundial de 2018, em Hangzhou, na China, no revezamento 4x200 metros livres, entre diversos outros prêmios.
Agora, em Tóquio, ele espera fazer o melhor. “Treinei cinco anos para esses Jogos e sei que estou na minha melhor forma mental e física. Por isso me sinto animado e confiante para fazer isso”. “Minha expectativa é de passar de uma eliminatória para a semi, da semi para a final. E aí na final é deixar o coração, deixar tudo que construí ao longo da minha vida no esporte para buscar essa medalha. É o ápice que todo atleta olímpico deseja e eu vou buscar isso".
E qual o segredo para estar tanto tempo entre os melhores? Ele responde: “É o comprometimento para os seus resultados e objetivos. Respeitar o seu corpo e sempre se manter feliz com suas escolhas, sabendo que elas serão o melhor para o seu resultado”. Para poder chegar à Olimpíada, Léo precisou superar todas as adversidades da pandemia. “Não foi fácil, a parte mental foi fundamental para passar por tudo isso”. A principal foi ficar praticamente dois meses isolado de sua mulher e de seu filho, Theo, de apenas oito meses.
Antes de embarcar para fazer história em Tóquio, ele também agradece o carinho da sua equipe da Unisanta e da cidade de Santos, que representa há cinco anos. “É uma relação muito boa. Toda vez eu me sinto abraçado e feliz com todo reconhecimento e carinho que recebo em Santos”, completa.