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Redução de imposto estimula geração de empregos no setor náutico

Publicado: 3 de julho de 2009
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O governo estadual reduziu a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias), de 25% para 7%, para indústrias náuticas. A medida foi anunciada quinta-feira (2) pelo governador José Serra, durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes. Existem no Estado cerca de 80 empresas fabricantes de embarcações, muitas delas instaladas em Santos, Guarujá e a própria Capital, totalizando em torno de 10 mil empregos diretos. A expectativa é de que o setor gere 74 mil novos postos de trabalho no país durante o ano, sendo um terço deles no Estado. Com o potencial do litoral e dos portos, é importante que haja uma correspondência na atividade industrial ligada à área náutica", disse o governador. A ação visa equalizar a competitividade das empresas paulistas com as fluminenses, onde recentemente a redução foi implementada. Presente à coletiva, o prefeito João Paulo Tavares Papa afirmou que "São Paulo sempre teve um mercado vigoroso na área náutica e estava correndo o risco de perder espaço". Segundo ele, que havia feito pedido nesse sentido ao governador, com a redução do imposto os empresários vão poder investir com segurança e gerar riquezas. A Baixada tem tudo para crescer mais, fabricando e fazendo a manutenção de barcos, especialmente Santos, que aposta numa marina pública. Nossa expectativa é duplicar os empregos no setor. A prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito, também esteve no Palácio dos Bandeirantes. MARINA/PETRÓLEO De acordo com parâmetros mundiais, a fabricação ou manutenção de cada barco gera um emprego e meio, de mão de obra qualificada. Em Santos, a estimativa é de cerca de 1 mil trabalhadores formais neste mercado. Com a concretização da marina pública, que integra o Programa de Revitalização Porto Valongo Santos, o nível de empregos deve dobrar, pois o projeto prevê 770 vagas para embarcações. O programa é peça fundamental no processo de revitalização do Centro Histórico, com a transformação da área de 55 mil m² desativada há mais de 20 anos, entre os armazéns 1 e 8, num complexo turístico, náutico, cultural e empresarial. É um projeto espetacular que contempla a vocação natural e geográfica da cidade. A redução do imposto dará mais competitividade às empresas. Isso é importante para fortalecer o projeto de uma marina pública em Santos, avaliou o diretor executivo da Acobar (Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e seus Implementos), Lenilson Marcelo Bezerra. O potencial da cidade na área de gás e petróleo e o reflexo da redução do ICMS no setor foram destacados pelo secretário municipal de Assuntos Portuários e Marítimos e presidente do CAP (Conselho da Autoridade Portuária), Sérgio Aquino. Segundo ele, se as indústrias perdessem a competitividade na náutica de lazer, pesca e recreio, passariam a buscar outras praças, como o próprio Rio, e deixariam de explorar as possibilidades que chegam a Santos com a demanda da Petrobras. O município pode ainda ampliar as atividades portuárias na área continental. RESULTADOS Na expectativa da redução, a empresa MCP Yachts, com atividades em Santos e Guarujá, já garantiu a fabricação de três barcos na região. São grandes embarcações com muita tecnologia, em que os empresários estavam procurando as facilidades de tributo oferecidas pelo Rio, mas conseguimos atraí-los de volta diante da redução de custos com o menor ICMS, disse o presidente da empresa, engenheiro naval Manoel Chaves.