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Ralos e vasos foram os grandes criadouros do aedes aegypti no semestre

Publicado: 27 de julho de 2001
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Sal grosso, água sanitária, creolina ou outro desinfetante. É com esses materiais nas mãos que a população, e sobretudo, faxineiros de prédios, terão que trabalhar neste semestre para eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti no ambiente doméstico e nos edifícios residenciais. No Plano de Intensificação de Medidas para Controle de Dengue em Santos, que foi apresentado pela SMS em reunião na DIR-XIX, nesta semana, há a avaliação do número de criadouros localizados na Cidade entre janeiro e junho deste ano, com 6.079 focos, sendo a maior parte de ralos e vasos. Isso significa que falta limpeza e colaboração da população. No número de criadouros que não podem ser removidos, aparecem 2.852 focos, e desses, 90% são ralos. Já vasos e pratos de plantas aparecem como o segundo maior foco: 964 criadouros. É importante destacar que os bairros da Orla e ainda Encruzilhada, Campo Grande ou seja, os bairros mais desenvolvidos e com bom padrão de moradias, são os que apresentam maior número de vasos de plantas com ovos e larvas do mosquito. Já os criadouros em ralos figuram em toda a Cidade. CONFIRA NÚMEROS DE FOCOS Confira alguns números de criadouros encontrados nos últimos meses: 303 em pneus, 964 em vasos e pratos de plantas: 725 em latas, potes e frascos; 168 em tambores, tanques e barris; l48 em caixas d água; 43 em garrafas; 866 em vários tipos de objetos descartáveis, desde tampinhas de garrafas até cascas de ovos; e 2.852 em criadouros não removíveis, dos quais 90% são os ralos. Outro setor problemático são os prédios em desuso e armazéns da Codesp. A SMS vem realizando palestras educativas na Codesp e pedindo a colaboração da empresa no cumprimento de sua parte, ou seja, limpeza e faxina, embora a área do Porto tenha controle da Sucen e não das equipes da secretaria. NOVAS MEDIDAS PARA COMBATE A SMS vem desenvolvendo um trabalho intenso de informação e de combate ao mosquito. Mas novas medidas serão colocadas em prática, nesse semestre, inclusive nas atividades casa a casa, com readequação do tamanho das equipes ora existentes. É o que prevê o Plano de Intensificação de Medidas para o Controle de Dengue em Santos. No momento, o programa de combate ao mosquito e controle da dengue é bancado com recursos municipais e conta com ajuda dos 221 agentes do Programa de Agentes Comunitários de Saúde PACs, que receberam treinamento específico para dengue e 100 agentes de quarteirão orientando a população. Na área de controle aos mosquitos existem atualmente 15 supervisores e 95 agentes de controle de vetores, um técnico de laboratório e 5 profissionais do setor de Informação, Educação e Comunicação – IEC. O objetivo é ampliar as equipes, inclusive para o trabalho de bloqueio que hoje está mais na dependência da Sucen. No trabalho de bloqueio, quando há casos suspeitos, a equipe municipal faz o controle de criadouros e a Sucen o bloqueio (nebulização), com o equipamento portátil UBV. Neste ano, 15 agentes municipais colaboraram com a Sucen nessa tarefa. Mas a meta é treinar mais agentes no uso do UBV (aparelhos costais) dando mais autonomia ao Município e melhorando a eficiência e a capacidade operacional dessa tarefa. A nebulização com equipamento pesado (instalado em veículo) foi excluída da norma técnica de controle no Estado, mas o Município tem intenção de introduzir de novo esse serviço em situações específicas e emergenciais. No trabalho desse semestre voltarão a ser implantadas as ovitrampas, pesquisa que dá uma avaliação precoce dos níveis de infestação dentro de cada área, com uma pronta intervenção em função do grau de risco encontrado. O plano é instalar pelo menos uma ovitrampa (armadilhas que atraem as fêmeas do mosquito para depositar os ovos) a cada 5 quarteirões, com monitoramento semanal, com cerca de 350 na Cidade. O laboratório do PEAa terá que ser readequado para o aumento da demanda de serviço, uma vez que além da identificação larvária já realizada, serão feitas leituras de 350 a 400 palhetas semanalmente. Nas atividades de Vigilância Sanitária estão previstas ações integradas do serviço com a Secretaria de Obras e Secretaria de Meio Ambiente. E estão em estudos sanções e aumento de tributação para obras paradas, imóveis abandonados, estabelecimentos comerciais que promovam situações de risco. CAMPANHAS ATIVADAS Nas atividades educativas de mobilização comunitária deverão ser feitas campanhas mensais, ruas de lazer, treinamento para carrinheiros, gincana entre alunos universitários, aquisição de materiais lúdicos, gráficos e prêmios para as campanhas, entre as quais ¨Eu e meu vizinho sem criadouros¨. Também deve ser feita parceria com o Sindicato dos Condomínios (Sicom) para melhorar o controle nos edifícios.