Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Programa quer despertar interesse de novas famílias acolhedoras

Publicado: 4 de março de 2013
18h 00

Pessoas com o coração aberto para fazer a diferença na vida de crianças e adolescentes. O programa Família Acolhedora quer motivar novos cidadãos a aderirem à iniciativa de oferecer acolhimento temporário a crianças e adolescentes, cujas famílias biológicas estejam passando por algum tipo de transtorno e precisem delegar por um tempo os cuidados do menor enquanto se reestruturam.

O programa é desenvolvido pela prefeitura e conta atualmente com sete famílias cadastradas. No entanto, de acordo com técnicos da Seas (Secretaria de Assistência Social), seria necessário ter pelo menos mais dez.

Outra dificuldade é que geralmente as famílias dão preferência apenas para crianças até três anos. As crianças e adolescentes são encaminhados ao programa pelo Poder Judiciário, enquanto seus familiares fazem os tratamentos que precisam e são acompanhados por profissionais da prefeitura e do próprio Judiciário.

“Temos bons abrigos, mas priorizamos fazer o encaminhamento a uma família acolhedora. A própria legislação prevê o direito à convivência familiar e comunitária”, explica a psicóloga Coemara Hori de Oliveira, que está à frente do programa.

Inscrições estão permanentemente abertas
Interessados em fazer parte desta rede de solidariedade podem procurar a sede do programa, na rua Miguel Presgrave, 26, Boqueirão, ou entrar em contato pelo telefone 3251-9333, de segunda a sexta, das 9h às 18h. As inscrições estão permanentemente abertas.

Para participar é preciso preencher alguns requisitos (quadro abaixo). Os candidatos passam por entrevista e participam de capacitação na qual é detalhado o funcionamento do programa e deixado claro que o acolhimento é provisório e não se relaciona com adoção.

Em média, o acolhimento dura seis meses e semanalmente as crianças são levadas à sede do programa para contato com a família biológica, para não perder os vínculos. Durante o período de acolhimento, a família acolhedora recebe ajuda de custo mensal de R$ 364,21.

Inês Bordinhon: a diferença na vida de dez bebês
Ela já criou quatro filhos, e depois que ficou viúva encontrou no Família Acolhedora a chance de colocar em prática o lema “fazer o bem sem olhar a quem”. Inês Bordinhon, 58 anos, participa há quatro anos e adaptou sua casa para receber bebês. Há dois meses cuida do décimo, que chegou com apenas cinco dias de vida.

Ela garante que a experiência a torna mais feliz. “Sei que de alguma forma a atenção, o carinho e o cuidado que estou dedicando a esta criança ficarão guardadinhos dentro dela”, confia. Algumas famílias biológicas admiram tanto esse cuidado que depois optam por manter contato. “Semana passada fui ao aniversário de uma das crianças. É uma satisfação ver que estão todos bem”.

Requisitos para ser família acolhedora:
- Residir em Santos
- ser maior de 18 anos.
- disponibilidade para acolher provisoriamente crianças e/ou adolescentes, oferecendo-lhes carinho, proteção integral e convivência familiar e comunitária.
- todos os membros da família devem estar de acordo.
- apresentar condições favoráveis de saúde física e psíquica.
- não apresentar dependência química (álcool ou drogas), doença incapacitante, conflito com a lei ou sérias dificuldades financeiras.
- disponibilidade para participar do processo de capacitação e atividades do programa.
- não ter interesse em adoção.