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Programa possibilita que pessoas com deficiência atuem em espaços culturais de Santos

Publicado: 31 de outubro de 2019
16h 01

A Prefeitura lançou na noite desta quarta-feira (30) o Programa de Inclusão Cultural (PIC), em um encontro realizado no Teatro Guarany, que contou com a palestra do professor Romeu Sassaki, considerado o “pai da inclusão”, atuando há 60 anos na educação inclusiva, na reabilitação profissional no e emprego apoiado.

O projeto de lei assinado pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa – já encaminhado à Câmara Municipal – cria um programa que alia inclusão no mercado de trabalho a experiências ligadas à cultura, algo pioneiro no País dentro do setor público.

Gerenciado pela Secretaria de Cultura (Secult), o PIC dará oportunidade para que pessoas com deficiência intelectual, entre 18 e 40 anos, atuem nas áreas de recepção, produção e difusão cultural – em diferentes espaços e atividades culturais da Cidade –, proporcionando a inclusão social, bem como o desenvolvimento sociocultural e socioeconômico.

Os selecionados para participar do programa receberão treinamento específico e vão receber auxílio de um salário mínimo por mês. “Eu não tenho dúvida que os selecionados pelo PIC vão aprender, mas não tenho dúvida também de que as pessoas que vão conviver com eles vão aprender mais ainda. Será uma troca permanente”, comentou o prefeito.

Especialista fala dos desafios da inclusão no Brasil

Durante sua palestra, Sassaki abordou o longo caminho da inclusão dos deficientes no mercado de trabalho no Brasil e no mundo. O professor comentou também o uso correto das terminologias que constam em leis e normas nacionais voltadas ao tema. “A inclusão exige a quebra de todas as barreiras existentes na sociedade, seja a pessoa com deficiência ou não”.

Em outro momento, apresentou dados do mais recente levantamento do Ministério da Economia sobre o mercado de trabalho, apontando que o número de pessoas com deficiência trabalhando corresponde a apenas 1% do total de pessoas empregadas no Brasil.

O estudo indica também que das 466.756 pessoas com deficiência empregadas, apenas 8,9% são cidadãos com deficiência intelectual, ficando abaixo dos deficientes físicos (47,3%), auditivos (18,1%) e visuais (15,3%). “É necessário fazermos algo para inserirmos um número cada vez maior de deficientes no mercado de trabalho”, disse Sassaki.

A noite de lançamento do PIC também contou com a apresentação do Coral do Projeto Tam Tam, na abertura das atividades.

Fotos: Anderson Bianchi 

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