Professores visitam arquivo e entram em contato com a história de Santos

O Arquivo Permanente da Fundação Arquivo e Memória de Santos recebeu, nesta terça-feira (dia 24), a visita de professores do Ensino Fundamental I da rede municipal de ensino, que participaram de uma oficina com documentos históricos da Cidade.

Integrando a formação continuada dos professores, a atividade apresentou os vários setores e dependências do Arquivo Permanente, que funciona na Rua Amador Bueno, 61, no Centro Histórico, onde estão guardados os documentos da Cidade desde a época do Império até 1957. No total, estão ali aproximadamente 300 mil imagens históricas, oito mil plantas ou mapas e três milhões de documentos manuscritos e textuais.

As professoras tiveram acesso a vários documentos, como o Código de Posturas do Município da década de 1880 que, entre outras normas, proibia a colocação de vasos de plantas nas janelas, aglomerações de pessoas em espaços públicos e mulheres sozinhas na rua.

SOCIEDADE DA ÉPOCA

“Essas leis eram um retrato da Santos da época. Estávamos saindo do processo de escravidão e já se iniciavam movimentos operários e culturais na Cidade, o que levava à Municipalidade a querer controlar seus cidadãos”, destaca o historiador Dionísio de Almeida, da Fundação.

Segundo Sandra Regina Pereira Ramos, especialista em Educação I e uma das responsáveis pela formação dos professores, esse encontro diz respeito à temática ‘Vivenciando a História e a Geografia de Santos’. “Os professores também precisam conhecer a história local, se apropriar dela e transmiti-la aos seus alunos, mostrando que eles são protagonistas desta história também”.

Professora da escola Maria de Lourdes Borges Bernal (Castelo), Cynthia Noschese disse que já está programando um projeto com os alunos. “Dá para a gente trabalhar vários temas”.

Esta iniciativa contempla o item 4 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Educação de Qualidade. Conheça os outros artigos dos ODS.