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Professoras aprendem a lidar com problemas da fala e audição

Publicado: 23 de outubro de 2003
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Linguagem, audição e distúrbios da comunicação em crianças menores de 5 anos foram assuntos tratados na palestra da última quarta-feira (23), do 2º Curso de Saúde da Comunicação, que está sendo realizado pela SMS, em dois períodos, pela manhã e à tarde, no Coas (Av. Pinheiro Machado, 580). A programação termina sexta-feira (24) e visa capacitar cerca de cem professores de Educação Infantil e da 1a. série do Ensino Fundamental da Seduc. As aulas foram dadas por fonoaudiólogas dos CVCs e Ambesps. As fonoaudiólogas Ana Cristina Di Giácomo Domingues e Fernanda Garcia da Cruz num retrospecto das etapas do desenvolvimento da comunicação oral, de dois meses aos 5 anos, lembraram que aos 4 anos, a criança deve ter todos os sons adquiridos, com exceção do 'sx' e a compreensão sobre a diferença entre o 'r' de barata e o 'r' de rato . Foram citados os fatores que interferem na comunicação de ordem orgânica, psicológica, e ambiental. A falta de integridade neurológica, auditiva, e dos órgãos fono-articulatórios, além de fatores genéticos, podem prejudicar o desenvolvimento da fala. Também interferem as condições emocionais em razão de ansiedade, desatenção, e questões sócio-familiares e escolares, como exemplo famílias que não estimulam o diálogo, acham bonito a criança menor de 3 anos falar errado ou quando a criança sofreu algum tipo de agressão, tal como abuso sexual. As professoras devem observar, por exemplo, se as condições ambientais não estão prejudicando o entendimento. As alterações auditivas podem ser de origem congênitas (em virtude de doenças como rubéola, sífilis, etc., genéticas (histórico familiar da criança), ou adquiridas (por meningites, resfriados e gripes constantes, otites, entre outras). Uma dica importante: as hastes flexíveis ('cotonetes') não devem ser usadas, porque conforme o uso, a pessoa pode empurrar a camada de cera normal para dentro do ouvido interno formando uma 'rolha de cera' que causa uma obstrução na condução do som, podendo causar perda a audição. As fonoaudiólogas orientam aos professores e familiares para ficarem atentos ao comportamento das crianças quando elas estiverem assistindo TV -o volume muito alto -, ou se sentem dificuldade em escutar o que o outro está falando. DISTÚRBIOS Os distúrbios da comunicação (retardo de aquisição de fala e linguagem), distúrbios articulatórios (a partir dos 6 anos quando ocorre desvios na produção dos sons da fala), atrasos globais de desenvolvimento (criança sem habilidade motora e linguagem) foram outros temas abordados no treinamento. A disfluência infantil pode se transformar em gagueira em casos mais graves (repetições silábicas que ocorrem de forma cíclica), disfonia infantil (voz rouca), e alterações na motricidade oral (alterações na mastigação, respiração bucal).