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Prêmio Dandara, em Santos, homenageia mulheres de destaque em diversos segmentos

Publicado: 6 de abril de 2023 - 16h42

Premiar mulheres que se destacam nos mais diversos segmentos da sociedade e que desenvolvem um trabalho social e pela igualdade racial. Este é o objetivo do Prêmio Dandara que, na edição deste ano, prestou homenagens a 15 mulheres, em solenidade realizada na Associação Comercial de Santos, no Centro Histórico, na noite de quarta-feira (5).

A iniciativa é da Coordenadoria Municipal de Igualdade Racial e Étnica (Copire) da Prefeitura de Santos em parceria com Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra e Promoção da Igualdade Racial de Santos, órgão que instituiu o Prêmio Dandara e define as homenageadas.

A lista das premiadas este ano incluiu a vice-prefeita e secretária municipal da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, Renata Bravo, e ainda Ruth Miriam Silva Floripes, Roberta Ribeiro, Viviane Menezes, Lídia Aparecida Oliveira de Paula, Ana Bernarda dos Santos e Purcina Maruso Fernandes.

Também foram homenageadas Cremilda Tavares, Janaina Serra, Fabiana Mota, Rosângela Maria Teixeira Silveira, Ana Paula Vilheira da Costa Ramos (in memoriam), Lucineya Marques de Lima Souza, Solange Souza Santos e Helena Monteiro da Costa. Moradora do Embaré, tem 98 anos e é uma das últimas descendentes diretas (em primeiro grau) de africanos escravizados no Brasil.

Ivo Miguel Evangelista Santos, responsável pela Coordenadoria Municipal de Igualdade Racial e Étnica (Copire), falou sobre a importância da premiação. "Ela já acontece há alguns anos em nossa Cidade, e visa premiar mulheres que se destacam em vários segmentos, como foi Dandara, uma mulher guerreira que lutou por sua comunidade". 

O nome da premiação refere-se a uma das principais figuras da luta negra contra o regime escravocrata brasileiro. Dandara era guerreira, mulher de Zumbi dos Palmares e participou de maneira intensa na construção e comando do quilombo. Teve três filhos. Suicidou-se depois de presa, em 6 de fevereiro de 1694, para não retornar à condição de escrava.

Descrita como heroína, dominava técnicas da capoeira e teria lutado ao lado de homens e mulheres durante ataques ao Quilombo de Palmares, construído na Serra da Barriga, região de Alagoas, no final do século 16.