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Prefeituras da região elaboram proposta para obtenção de mais recursos para a dengue

Publicado: 13 de junho de 2002
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A definição de uma proposta conjunta, por parte das secretarias de saúde dos municípios da região, envolvendo os recursos adicionais necessários para o plano de contingência de dengue em 2003, deverá ser fechada hoje (14), durante reunião prevista para às 11 horas, na sala da Vigilância Sanitária da Dir-XIX. O resultado dessa proposta será apresentado pelos prefeitos que integram o Condesb, num encontro marcado para o Palácio do Governo com o Secretário da Saúde do Estado, no dia 18. Entre as propostas que deverão ser apresentadas ao Estado, figura um padrão de salários comuns à toda região, destinados aos agentes da dengue, assim como despesas de custeio, o que facilitaria o repasse de recursos por parte do Governo. Seriam três níveis salariais, para agentes que visitam moradias, outro para os que visitam pontos estratégicos, vistoriando locais de difícil acesso como calhas e caixas d´água, e um terceiro nível para supervisores. Mas dependendo da situação de cada município, e as dificuldades de trabalho, os repasses poderão ser diferenciados. Na ocasião, a Secretaria de Saúde chamou a atenção para o estado dos veículos de controle da dengue do Município, que exigem alto custo de manutenção em razão do desgaste, (foram comprados em 1997 em Santos) e o gasto que o Município tem assumido em insumos hospitalares, como reagentes para exames de sangue, no atendimento aos pacientes da Cidade e provenientes dos municípios vizinhos. A SMS estima que o Município gaste mais de R$ 200 mil com a epidemia, (fora os gastos de internação) embora o Governo Federal repasse em torno de R$ 75 mil mês, para dengue e outras endemias. Outro assunto que está pendente, envolve o uso de máquinas de nebulização, compradas pelo Ministério da Saúde, e já entregues aos Municípios do Estado , mas de difícil manipulação já que pesam até 30 quilos quando carregadas com o inseticida. O uso a meio tanque, segundo foi avaliado, é uma das saídas, embora isso possa trazer sérios problemas de lesões na coluna, por uso repetitivo, para os agentes de vetor. A Sucen pretendia, com essas máquinas, estar dividindo com os municípios, a tarefa de nebulização perifocal. MAIS LEITOS E MAIS TREINAMENTO AOS MÉDICOS E AGENTES Ontem, em reunião na Dir-XIX, com a presença de representantes do Centro de Vigilância Epidemiológica, Superintendência do Controle de endemias (Sucen) e das secretarias de saúde da região foram discutidas várias conclusões das subcomissões do Plano de Contigência da Dengue para o verão/2003. A questão de leitos de retaguarda e melhor assistência para pacientes portadores de dengue hemorrágica contou com proposta da Dir-XIX da criação de uma enfermaria central específica e leitos hospitalares para casos específicos de dengue hemorrágica. Outro assunto debatido envolveu o retorno dos exames sorológicos para dengue, a partir de julho, para se saber o índice de transmissão nos meses em que, tradicionalmente, caem os casos da dengue. A medida, segundo o CVE vai permitir uma melhor avaliação do impacto das medidas de controle no comportamento da epidemia, durante o período em que foi suspensa a sorologia. Para o próximo verão, o Ministério da Saúde deverá liberar os kits para exames, ficando a critério de cada município a sua utilização, independentemente do limite que o Adolfo Lutz estabelece. Também está sendo discutido o investimento na sensibilização para notificação de hospitais públicos e privados, assim como da classe médica, uma vez que é grande o número de instituições que não notificam os casos de dengue, no atendimento particular e convênios. Treinamento dos profissionais, tanto da rede pública e privada para melhor identificação dos casos de dengue hemorrágica também figuram entre as propostas para o Plano de Contingência, que prevê uma série de medidas visando aprimorar o controle da dengue em toda a região, inclusive com um protocolo único de atendimento aos pacientes.