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Prefeitura tenta intermediar solução negociada para impasse no porto

Publicado: 28 de novembro de 2000
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O executivo tentou, ontem (28), intermediar a realização de reunião com todas as partes envolvidas no impasse (provocado pela transferência do controle da escala de trabalho dos estivadores e trabalhadores do bloco) que paralisou as operações no Porto de Santos, desde a segunda-feira (27). Durante à tarde, o executivo esteve reunido com uma comissão de trabalhadores e dirigentes do Sindicato dos Estivadores e se empenhou na tentativa de promover um encontro de negociação. Com esse objetivo, manteve inclusive contatos telefônicos com ministros e autoridades portuárias. Durante a tarde foi feito contato com a direção do Órgão Gestor da Mão-de-Obra (Ogmo) e do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) na tentativa de agendar uma reunião com os estivadores, mas não obteve sucesso, uma vez que as duas entidades argumentam que estão cumprindo a decisão da Justiça. O executivo também acionou a Codesp e telefonou para o ministro do Trabalho, Francisco Dorneles, para o ministro dos Transportes, Elizeu Padilha, e para o contra-almirante José Ribamar, do Grupo Executivo de Modernização dos Portos (Gempo). Com Dorneles, solicitou a sua interferência para que se consiga a negociação. É necessário que todas as partes tenham tranqüilidade e sentem-se à mesa para negociar. É preciso encontrar uma solução para esse impasse, para que o Porto volte a funcionar e em condições adequadas de trabalho. Conforme o presidente do Sindicato dos Estivadores, Vanderlei José da Silva, só há uma saída para o impasse: a negociação. Ele afirmou que a categoria quer a aplicação da legislação, mas não apenas no tocante à transferência do controle da escala – era feita há 60 anos pelo sindicato – para o Ogmo, mas também no cumprimento de mecanismos que dizem respeito à segurança, higiene e saúde do trabalhador e que não estão sendo aplicados. É uma injustiça e desrespeito que o trabalhador seja escalado ao relento, em local sem a mínima condição de higiene, disse. Conforme informou Silva, em uma mesa-redonda realizada pela manhã, na Delegacia Regional do Trabalho, entre sindicato, Ogmo, Sopesp e Codesp, ficou acordado que esta última assumiria a responsabilidade pela instalação de banheiros e vestiários ao longo do cais, mas o que deverá acontecer dentro de quatro meses. O líder sindical afirmou que os trabalhadores estão à disposição para serem escalados pelo Órgão Gestor, que ontem não enviou escaladores.