Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Prefeitura prossegue obras de ampliação do trajeto do bonde turístico

Publicado: 18 de abril de 2008
0h 00

A prefeitura prossegue as obras de ampliação do percurso do Bonde Turístico no Centro Histórico, que passará de 1,7 para 5 quilômetros de extensão. Durante a manhã desta sexta-feira (18), na Rua Vasconcelos Tavares, incluída no trajeto da linha turística, operários da Termaq Terraplanagem, coordenados pela Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Seosp), preparavam a base da colocação do trilho. As próximas etapas da Vasconcelos Tavares, que ligará o percurso do Bonde da Rua General Câmara – depois de passar pelas Praças Mauá e Rui Barbosa – às ruas Amador Bueno e Frei Gaspar, são implementação do trilho e asfaltamento. Outra via que passa pelas obras de ampliação do Bonde Turístico é a General Câmara, entre as ruas Brás Cubas e Constituição. A rua, que teve seu pavimento antigo retirado e já teve o solo alinhado, recebe implementação do trilho para, depois, ser asfaltada. A linha turística do Bonde terá paradas para embarque e desembarque nas principais atrações e incluirá diversos pontos turísticos, como Fonte do Itororó, subida para o Monte Serrat, Castelinho do Corpo de Bombeiros, Sociedade Humanitária, Catedral, Teatro Coliseu, Outeiro de Santa Catarina, Pantheon dos Andradas e Monumento a Brás Cubas. SUPERVISÃO ARQUEOLÓGICA Toda a obra de ampliação do trajeto do Bonde recebe supervisão de profissionais especializados em escavações em locais históricos, em busca de vestígios arqueológicos, iniciativa que obedece a um decreto federal que determina esse acompanhamento e já encontrou objetos como cerâmica e vidros. Durante as obras na Rua Vasconcelos Tavares, a equipe que trabalha na ampliação do bonde, acompanhada pelo arqueólogo Manoel Gonzalez, do Centro de Pesquisas Arqueológicas (Cerpa), e pelo historiador Valdir Rueda, também escavava o solo. Na ocasião, foram encontradas ossadas humanas – enterradas quando a rua era o cemitério da Igreja Nossa Senhora do Rosário, de 1756 a 1850, fechado por um decreto imperial de Dom Pedro II – e pedaços de faianças (louças de pó de pedra) portuguesa e inglesa. É um resgate de uma sociedade do passado, do cotidiano e da realidade destas pessoas. Tudo que for encontrado por aqui será limpo, catalogado e aberto à visitação para qualquer pessoa interessada em estudar, ou ver, essas peças na sede do CERPA (Rua Ana Pimentel, 12), explicou Manoel Gonzalez. Na Vasconcelos Tavares, também foi encontrado o fragmento de um prato de cerâmica branca com um brasão preto com a figura de um leão e um unicórnio, produzido em 1890, na Alemanha.