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Prefeitura prossegue a limpeza das margens da linha férrea

Publicado: 16 de março de 2001
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Em atenção a diversos abaixo-assinados de moradores, a Prefeitura prossegue com a limpeza da linha férrea que atravessa a Zona Leste da Cidade até o bairro do Estuário. Ontem, a equipe da Terracom operava área entre a Rua Dr. Guilherme Álvaro e Av. Senador Pinheiro Machado, no bairro do José Menino. Nesse perímetro urbano, onde os trilhos seguem paralelos às ruas Alfredo Ximenes e Gaspar Ricardo, a operação de remoção de mato, entulho e lixo despejados por munícipes, foi mais intensa, exigindo a utilização de pá-carregadeira e uma retroescavadeira. A quantidade de detritos descartados nessa área retangular de aproximadamente 9.400 m², formada pelas dimensões de três quarteirões, cerca de 470 metros por 20 metros de largura, se deve em função da facilidade de acesso que alguns indivíduos encontram para transpor os baixos muros nas duas ruas laterais. A constatação é confirmada pelo zelador José Ribeiro, que há 11 anos no edifício localizado na Rua Lopes Trovão, 3 (travessa da Rua Alfredo Ximenes), observa veículos de fora com seus ocupantes despejando entulho sobre os muros da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), hoje utilizada pela Ferrovias Bandeirantes (Ferroban). Não são moradores da redondeza. É gente de outros bairros que faz essa imundície, garantiu ao mesmo tempo que procurou preservar a imagem dos carrinheiros, que segundo ele, acabam levando a culpa. Esses são uns coitados. Quanto à limpeza geral, Ribeiro comentou que durante essa década que é funcionário do condomínio, nunca assistiu nada igual. Até agora, só tinha visto o mato ser roçado, observou. REVOLTA Um petroleiro aposentado, morador do número 38 da Rua Gaspar Ricardo, era o símbolo da revolta em pessoa. Sérgio Luiz Moreira, residente há 30 anos no mesmo endereço, disse que todos perderam a vergonha. Ninguém respeita mais nada. Antigamente (cerca de 45 anos atrás), quando o povo era civilizado, haviam até lagostas naquele canal (apontando para o canal 1). Hoje, só jogam lixo, reclamou. Moreira também é da opinião que a dengue adquirida por ele e sua esposa, já há alguns anos, foi resultado do estado de abandono a que estava relegada essa área, bem em frente à sua residência. Adotei esta Cidade desde 1954, porque gosto dela, mas é impossível conviver com essa situação, onde caminhões inteiros são despejados nessa linha. Jogam desde garrafas, até privadas e banheiras, desabafou.