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Prefeitura inicia remoção de escombros do ‘moulin rouge’

Publicado: 13 de janeiro de 2006
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Um problema que há 16 anos vem causando transtornos aos moradores e comerciantes de um quarteirão da Rua Goiás (Gonzaga), começa a ser solucionado. Teve início nessa sexta-feira (13) a remoção dos escombros do Edifício ‘Moulin Rouge’, que desabou em março de 1.990. Duas máquinas pesadas (retroescavadeira e escavadeira) e 15 funcionários da empresa contratada pela Prefeitura trabalhavam desde cedo na área, onde será construída uma escola municipal. Representantes da Prefeitura acompanharam o início da retirada das 18 mil toneladas de entulho, eqüivalente a cerca de 600 caminhões de material. O projeto arquitetônico da escola, que atenderá alunos de educação infantil e ensino fundamental, será elaborado pela Prodesan. A empresa Fortnort Desenvolvimento Ambiental e Urbano foi contratada por meio de licitação, pois a Prefeitura não tinha condições técnicas para realizar o serviço. A avaliação inicial previa o custo aproximado de R$ 400 mil. A empresa vencedora está cobrando R$ 257.130,50. No prazo estimado de 30 dias será realizado o desmatamento, demolição, corte de ferragens, terraplanagem, carga e transporte do material. SAÚDE PÚBLICA A limpeza da área está sendo acompanhada por técnicos da Secretaria Municipal de Saúde. O entulho acumulado servia de ‘habitat’ para insetos e ratos. Os recipientes jogados no terreno acumulavam água e se transformavam em criadouros do mosquito da dengue, problema que já vinha sendo combatido por agentes sanitários. Algumas casas de abelhas e vespas foram removidas pelos bombeiros. Para os moradores, a limpeza do terreno representa enorme alívio. É o que afirmou Ana Maria Pires Puime, da casa em frente. "Moro aqui há 28 anos e convivemos com o problema há 16. A limpeza do terreno é a melhor coisa que poderia acontecer. Ali proliferam insetos, ratos, e quando não havia muro, era usado como depósito de lixo e esconderijo de bandidos. Agora, finalmente, alguém tomou uma atitude. HISTÓRICO O ‘Moulin Rouge’, com nove andares, tinha 36 apartamentos. Desabou na noite de 22 de março de 1990, quando estava na fase final de construção. Quatro operários que dormiam na obra morreram soterrados. Cinco meses depois da tragédia, uma comissão técnica da Prefeitura concluiu que ocorreram falhas na estrutura da obra e no dimensionamento das peças de segurança. A Construtora e Incorporadora Concórdia, responsável pelo edifício, foi extinta. O proprietário, Ernesto Vieira da Silva, foi condenado a um ano e três meses de prisão pela morte dos operários, e a ressarcir os donos dos terrenos e dos apartamentos e a Prefeitura, além de retirar os escombros da área. Ele recorreu das decisões e o caso ainda tramita na Justiça. A Administração Municipal providenciou a expropriação amigável de quatro lotes afetados (números 141, 143, 145 e 147 da Rua Goiás) pelo desmoronamento, processos concluídos entre o final de 2004 e 2005. Com isso, a Prefeitura pôde assumir a posse legal do espaço e tomar as providências para a solução do problema.