Praça Mauá, em Santos, tem ato inter-religioso no Dia da Ação do Coração

Com a presença de 21 líderes religiosos de diversas crenças, a Praça Mauá, no Centro Histórico de Santos, foi o palco, nesta terça-feira (2), do ato inter-religioso “Oração do Coração”, que teve como finalidade pedir mais paz e amor para o mundo.

O evento organizado pela Associação Eduardo Furkini (AEF), em parceria com a Prefeitura de Santos, marca o já tradicional “Dia da Ação do Coração” (Lei Municipal Nº 2.884/2012).

Tradicionalmente, nesta data costuma ocorrer a distribuição de corações confeccionados por voluntários do movimento, além da arrecadação de doações que são entregues para instituições assistenciais. Neste ano, essas ações serão realizadas no domingo (7), na Praça Mauá, com mais atividades, que incluirão espaços com serviços para pets, para crianças, food trucks, além de serviços de saúde e outras atividades.

A vice-prefeita Renata Bravo ressaltou a importância da data. “Hoje relembramos como é possível transformar a dor em ajuda ao próximo. Como poder público, a nossa missão é apoiar sempre iniciativas como esta”.

Alexandre Camilo, presidente da AEF, explica que o evento de domingo possibilitará a participação de toda a família. “Por ser num domingo podemos marcar o reencontro das pessoas com a Ação do Coração, que ficou sem ocorrer por dois anos devido à pandemia”. Ele lembra ainda que a participação do poder público foi fundamental para tornar essa ideia possível. “A Prefeitura nos apoia em todos os projetos e novamente esteve disposta a ajudar na realização desta ação, que vai novamente movimentar o Centro da Cidade”.  

CARTA DO VATICANO

Durante o ato inter-religioso, o Bispo Dom Tarcísio Scaramussa leu a resposta escrita pelo assessor do Papa Francisco, Monsenhor Luigi Roberto Costa, à carta enviada ao pontífice sobre a Ação do Coração. No texto, o assessor informa que o líder máximo da Igreja Católica recebeu a correspondência e agradeceu a Alexandre Camilo, dando a bênção apostólica ao movimento.

INSPIRAÇÃO

Idealizada em 2011, a Ação do Coração surgiu de uma dor familiar, com a morte do irmão de Alexandre Camilo, Eduardo Furkini, vítima de infarto, aos 38 anos. Antes de falecer, Eduardo havia feito uma viagem para Budapeste, na Hungria, e lá viu uma praça lotada com corações bordados pelo chão, uma intervenção para falar sobre a saúde do coração. A partir dali, teve a ideia de fazer uma ação parecida no Brasil, com o intuito de distribuir mais amor, solidariedade e generosidade. Para atender ao desejo de Eduardo, seu irmão Alexandre iniciou o movimento em 2012, em Santos.

Desde então, o evento já reuniu mais de 230 mil pessoas e distribuiu mais de um milhão de corações confeccionados por voluntários, além de mais de 200 toneladas de alimentos, 49,7 mil brinquedos e 258 mil peças de roupas. Hoje envolve ações sociais importantes e está presente em 17 países e pelos estados do Brasil.