Portadores de deficiência expõem trabalhos de hoje até o dia 21

Música, velas artesanais, mosaico e cerâmica. Tudo reunido na 6ª ExpoAmo, mostra de arte e utilitários feita pelo Programa de Habilitação Profissional ao Portador de Necessidades Especiais, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que será aberta nesta quarta-feira (17), às 19 horas, no Centro de Cultura Patrícia Galvão, Avenida Pinheiro Machado, 48, 3º Piso , junto ao Café Teatro Rolidai. Conhecida pelo bom gosto das peças confeccionadas pelos participantes do programa, a mostra expõe e comercializa trabalhos que vão de agendas à esculturas, passando por peças de madeiras e bijuterias. O portador de deficiência visual, Jorge Bueno, que faz parte da oficina de mosaico, se diz apaixonado pela atividade. Quando me formar quero ensinar o que aprendi aqui. Imagino o desenho e minhas mãos o realizam. Trabalho com uma cor de cada vez, assim não há problemas. Embora o intuito do programa seja profissionalizar, a terapeuta ocupacional Regina Freire afirma que a ExpoAmo vai além, e tem outros objetivos. O evento é uma oportunidade especial para que eles mostrem que são capazes de produzir trabalhos de qualidade e também para que participem socialmente da vida. A exposição será uma espécie de happy hour, com participação do violonista Conrado Pouza e Daniel Cancello no sax. Uma porcentagem da renda será revertida para compra de material permanente e a outra será dividida entre os habilitandos que trabalham no evento. O local da exposição, no terceiro piso do Teatro Municipal, além de ocupar o espaço de galerias também terá envolvimento dos artistas do Café Teatro Rolidai, vestidos com roupas perfomáticas, servindo pratos e salgados com nomes criativos, como porção de naftalina e chumbo grosso. A ambientação leva os cenários da peça Redimeid Bluiz, do grupo Orgone. Haverá ainda exibição de vídeo da última formatura dos usuários do programa. OFICINAS A SMS, através do Programa de Habilitação Profissional ao Portador de Necessidades Especiais, oferece oficinas de empalhação de cadeiras, cerâmica, mosaico, bijuterias, serigrafia, encadernação, velas artesanais, artesanato em madeira, auxiliar de pedreiro e pintor de parede. Para participar do programa, é preciso passar por uma avaliação que detecta restrições e potencial. Há também um rodízio nas oficinas para definir qual área de atividade mais agrada e se encaixa ao perfil do portador de deficiência. A permanência no projeto, que funciona na Seção de Reabilitação e Fisioterapia (Serfis), Avenida Conselheiro Nébias, 267, é de aproximadamente um ano.