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População aprova a campanha em vez de esmola, ofereça ajuda

Publicado: 7 de dezembro de 2006
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A população santista não só aprovou, como está apoiando a campanha Em Vez de Esmola Ofereça Ajuda, lançada pela Prefeitura no último dia 21. A iniciativa foi implementada pela Secretaria de Assistência Social (Seas), com participação das pastas da Saúde (SMS) e Segurança (Seseg), e já mostra bons resultados após os primeiros 15 dias. O objetivo é combater de forma incisiva o problema das pessoas em situação de rua, bem como evitar a exploração infantil, além do consumo de álcool e de drogas ilícitas. Os munícipes são unânimes quanto ao acerto da campanha e a forma de combate ao problema. Para o representante comercial, Anderson Barbosa Rodrigues, a medida é importante para diminuir o número de pessoas em situação de rua. Isso tem que acabar. Não pode dar esmola, não, afirma. Já Cristiane Arantes considera que a iniciativa é um importante instrumento no sentido de evitar o consumo de drogas. Ela também revela que se sente incomodada quando abordada por pedintes. Sou a favor de não dar esmola e se não for daqui (a pessoa em situação de rua) tem que mandar de volta, opina Leandro Cadenazzi considerando que 81% dos chamados ‘moradores’ de rua, cadastrados em recente pesquisa da Seas, são oriundos de outras cidades. O gerente de instalações, Antônio Jorge, de Curitiba, informa que a população da capital paranaense já desenvolveu uma consciência sobre a importância de não dar esmola. Lá, também há campanha da Prefeitura. É importante para que se evite a exploração infantil e para que o dinheiro não vá parar no bar, destaca. De acordo com a vendedora Graziela Furnu, o dinheiro de esmola só serve para sustentar o álcool e o vício em drogas ilícitas. Se for para comer, há o Restaurante que cobra só R$ 1,00 (Bom Prato) pela refeição. Acho boa esta campanha, afirma. Já Rodinete Costa da Silva mostra-se mais preocupada com a questão da exploração infantil, que pode ser incentivada quando se dá esmola. Isto é crime. Tem que ligar mesmo para o 0800...., afirma (o número é 0800-177766). DIVULGAÇÃO A campanha conta com ampla divulgação, por meio de veiculação de mídia em rádio, outdoors, minidoors, busdoors, fôlderes e cartazes que mostram o slogan Em vez de esmola, ofereça ajuda, contendo ainda o telefone da equipe de Educadores de Rua (0800-177766), para o qual o munícipe deve ligar quando identificar uma pessoa em situação de rua. Além da utilização de folheteria, a campanha será divulgada no rádio e por meio de outdoors, busdoors, minidoors, com apoio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS). Quando acolhidas pelos Educadores de Rua, as pessoas encontradas em situação de rua são encaminhadas ao Plantão Social da Prefeitura, onde recebem alimentação, roupas, assistência psicossocial. Os oriundos de outras localidades são recambiados às suas cidades de origem. Já os munícipes são direcionados aos programas da rede social, como o Fênix, que os emprega em ONGs. LIGAÇÕES De acordo com levantamento feito pela equipe de Educadores de Rua, nos 15 primeiros dias de campanha foram feitas 201 denúncias por parte da população, com um total de 109 encaminhamentos (de adultos) ao Plantão Social e dois à rede pública de saúde. Vinte e oito recusaram acolhimento. Com relação aos adolescentes, houve 42 encaminhamentos à Casa de Acolhimento, sendo que apenas uma jovem recusou o atendimento. Segundo a chefe dos Educadores de Rua, Paula Benatti, 38 munícipes telefonaram para o 0800-177766 para pedir orientação a respeito da campanha. Até o momento, colaboram com a campanha 12 entidades que atendem crianças e adolescentes, enquanto duas são especializadas em deficientes físicos; nove, para a população em situação de rua; e uma para dependentes químicos. SANTO EXPEDITO Nesta semana, a assistente social do Lar Santo Expedito, Rosângela Santos de Oliveira, presenciou fato que é um reflexo positivo da campanha. Ela conta que três integrantes de uma família, após saberem da iniciativa da Prefeitura contra a esmola, procuraram a instituição para canalizar recursos. Eles viram uma faixa da campanha e entenderam que não era legal ficar dando esmola nos semáforos. Então, vieram conhecer o Lar Santo Expedito, gostaram da entidade e passaram a colaborar conosco, relata. O Lar Santo Expedito é uma das instituições conveniadas com a Prefeitura, localizada no Boqueirão, e que atende crianças e adolescentes, de zero a 18 anos, vítimas de maus-tratos, ou cujas famílias estão desestruturadas.