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Plano preventivo já está em vigor

Publicado: 1 de dezembro de 2004
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Até 30 de abril de 2005, período de maior incidência de chuvas, os moradores dos 17 morros e de todos os bairros de Santos estarão recebendo atenção especial da Prefeitura com a implantação do Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC) 2004/2005, que aconteceu nessa quarta-feira (1), nas dependências do Sesc. Nos próximos cinco meses, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, responsável pelo plano, com apoio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), fará todo o acompanhamento de chuvas, previsão meteorológica e vistorias de campo em áreas sob riscos de deslizamentos. O objetivo principal é evitar a ocorrência de mortes, o que tem sido conseguido nos últimos nove anos consecutivos, com a remoção da população antes que escorregamentos atinjam suas residências. O PPDC vem sendo desenvolvido nos municípios da Baixada Santista e do Litoral Sul desde 1988. Durante a vigência, a Coordenadoria da Defesa Civil será a responsável pelo monitoramento da previsão meteorológica e análise das condições de segurança das encostas. O sucesso do plano foi destacado, nessa quarta, durante sua implantação, pelo coronel PM Celso Carlos de Camargo, coordenador estadual da Defesa Civil e secretário-chefe da Casa Militar do Governo do Estado. A eficiência, eficácia e efetividade do PPDC reduziu em índice zero o número de óbitos nos últimos nove anos em Santos, comentou, destacando que em todo Estado houve uma redução de 37 mortes para 29, representando uma queda de 14% em relação ao período 2002/2003 e 2003/2004. ACOMPANHAMENTO Segundo o coronel Celso, o trabalho preventivo da Defesa Civil está baseado em um tripé que consiste em acompanhamento meteorológico com boletins durante 24 horas, informações diárias sobre as condições pluviométricas, com dados de quantos milímetros de chuva a cada hora, e a retirada das famílias das áreas de risco, quando o acumulado de três dias atingir 100 milímetros. Com essa estratégia e a ajuda da população conseguimos evitar uma série de mortes e outros tipos de ocorrências nas áreas de riscos, afirmou. Cerca de 100 funcionários de todas as secretarias municipais, como geólogos, engenheiros civis, agrônomos, fiscais de obras, inspetor ambiental, técnico de risco, assistentes sociais, operadores sociais, psicólogos, entre outros, deverão atuar nas ações e medidas a serem tomadas em situações de risco. Todos participaram, no mês de novembro, de um curso preparatório sobre o PPDC ministrado por profissionais do Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT) e Instituto de Geológico de São Paulo (IG), com aulas teóricas e práticas sobre prevenção e técnicas de emergência em casos de deslizamentos. OBSERVAÇÃO Ao ser acionado nessa quarta, o PPDC colocou em vigência o estado de Observação, que como uma das principais ações tem o acompanhamento dos índices pluviométricos. A qualquer alteração ocorrida em relação ao tempo, os estados serão modificados, passando para Atenção, quando são realizadas vistorias de campo nas áreas de risco anteriormente identificadas; Alerta, onde acontece a remoção preventiva da população das áreas de risco iminente indicada pelas vistorias, e Alerta Máximo, quando ocorre a remoção de toda a população que habita área de risco. Os moradores podem colaborar com o PPDC, mantendo os locais de risco sob observação, procurando indícios de movimentação nas encostas que são trincas nos solos e nas casas, degraus de abatimento, árvores e postes inclinados, muros embarrigados e águas das enxurradas mais barrentas que o normal. Qualquer anormalidade deve ser comunicada pelos telefones 3222-9563 ou 3232-9772, que estarão a disposição 24 horas.