Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Plano preventivo de queda de árvores de Santos é discutido em workshop

Publicado: 5 de julho de 2023 - 18h07

Os detalhes finais do Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC) de queda de árvores de Santos foram debatidos em um workshop realizado nesta quarta-feira (5), no Centro Histórico de Santos. O projeto é pioneiro na região e vem sendo desenvolvido desde 2020 pela Defesa Civil Municipal, juntamente com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). 

O encontro reuniu profissionais da Defesa Civil, das secretarias municipais de Meio Ambiente (Semam) e Serviços Públicos (Seserp), Corpo de Bombeiros, funcionários de concessionária de energia elétrica e até de representantes da Defesa Civil de municípios vizinhos, que vieram conhecer o projeto. 

“Ele muda este conceito de reagir ao fato ou acidente depois que ele ocorre. Então, você muda de reativo para preventivo. Passamos a conhecer o problema, saber onde e quando pode acontecer. Daí, podemos tomar as medidas mitigadoras das consequências, principalmente evitando vítimas, além dos danos materiais que causa”, explica o chefe da Defesa Civil de Santos, Daniel Onias.

O plano preventivo visa conhecer as causas das quedas de árvore na Cidade, direcionar ações preventivas e de minimização de riscos. Ele será semelhante ao PPDC dedicado à prevenção de deslizamentos nas áreas de morros, estabelecendo critérios que antecipem e criem alertas durante eventos extremos, como chuvas e ventos intensos, que possam causar dano à vegetação, à população e às estruturas. 

“O objetivo é evitar as consequências danosas da queda de árvore que, muitas vezes, pode até ter vítimas fatais e também vai nortear e ampliar, no aspecto preventivo, desde o plano diretor de arborismo, de manejo e poda até a escolha de espécies adequadas para o solo do Município. Ele abrange toda a Prefeitura e outros setores envolvidos com a queda de árvore”, acrescenta Onias.

E, assim como o PPDC, serão definidos os níveis de operação e os setores da Prefeitura e externos a serem acionados quando for necessário. Por isso, os fundamentos têm como base a previsão do tempo, mapeamento, monitoramento e os alertas antecipados para a população. 

“Ele terá os níveis de operação: observação, atenção, alerta e alerta máximo. Seguimos o procedimento que é dado para escorregamento. Claro, com alguns critérios um pouco diferentes, porque chuva e vento são muito importantes pra nós. Então, ele está praticamente pronto, mas todo ano a gente faz uma revisão, em função dos acidentes e do histórico”, informa o geólogo do IPT e coordenador do projeto Marcelo Gramani.

A área insular de Santos tem cerca de 35 mil árvores, que já estão mapeadas. São vegetações presentes nas calçadas e em agrupamentos como no próprio Jardim Botânico e nos morros, por exemplo.

“Nós analisamos estas árvores para saber qual espécie é, altura, condição, onde e como estão plantadas, para saber como reagem, principalmente, a vento e chuva e saber índices de queda de árvores, por exemplo”, conta a bióloga do IPT e gerente técnica da Seção de Planejamento Territorial, Recursos, Hídricos, Saneamento e Florestas,  Mariana Hortelani Carneseca Longo.

O plano também será apresentado para a comunidade em uma próxima etapa para que haja participação dos munícipes.

Esta iniciativa contempla o item 13 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Ação Contra a Mudança Global do Clima. Conheça os outros artigos dos ODS