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Paratletas contam história de vida e sobre acessibilidade para alunos de Santos

Publicado: 18 de novembro de 2021 - 18h27

Um pátio lotado de adolescentes, em uma roda de conversa sobre superação de limites, acessibilidade e exemplo de vida. Assim foi a manhã de quase 100 alunos dos 8º anos da Escola Municipal Ayrton Senna da Silva, no Campo Grande. Os estudantes puderam conhecer a história de dois cadeirantes que encontraram no esporte motivação para superar as adversidades causadas pela deficiência. 

O paratleta Marcos Castanho foi um dos palestrantes. Atualmente com 52 anos, ficou paraplégico aos 33 depois que teve uma complicação, após uma internação. Até hoje,  não se sabe exatamente o que houve para que ficasse sem o movimento das pernas. 

"Tem três anos que eu comecei a praticar handbike, depois que me aposentei. Para não ficar parado, comecei a participar com uma turma e fui me empolgando a ponto de ter sido o quarto colocado no Campeonato Paulista, em Taubaté. Então fiquei muito orgulhoso. Andar de handbike traz vida e é uma experiência extraordinária", contou.

Sobre sua rotina de treinos, ele diz que pedala 45km um dia sim, um dia não e também faz academia para poder dar força aos braços. "Isso me trouxe uma motivação maior. Ainda mais conhecendo colegas que também são cadeirantes, tetraplégicos ou amputados. A gente vê também o sorriso e a alegria deles".

O outro palestrante foi o cadeirante Marcos Aurélio de Almeida Vasconcelos, também do Handbike. Ele tinha 24 anos quando foi atingido por um tiro, numa tentativa de assalto, em Suzano, na região metropolitana de São Paulo. "Estou cadeirante há seis anos, desde 2015. No começo, como a gente sabe, não é fácil, mas com a família do nosso lado, pessoas do bem, aí a gente consegue seguir a vida", disse.  

"O segredo é sempre manter a mente ocupada com o esporte, que além de tudo faz bem para o corpo. Esse contato com  os jovens é importante para que eles saibam como é a vida dos deficientes e a importância de ter acessibilidade na Cidade".

NUNCA É TARDE PARA RECOMEÇAR

A aluna Karilla Emanuella Constantino da Costa, de 13 anos, contou que achou muito legal o contato com pessoas com deficiência que superaram obstáculos. "Acho incrível a escola estar abrindo mais espaço para pessoas com deficiência. A gente aprendeu muito com a história de vida deles"

O paratleta Marcos Castanha afirmou que a importância do encontro é mostrar a mensagem que nunca é tarde para recomeçar. "Os jovens precisam saber que a Cidade tem que ser acessível para todo mundo. Precisamos melhorar porque a pessoa pode não ficar amputada ou cadeirante, mas vai ficar idoso. E vai precisar subir uma rampa, vai precisar de um elevador".

Para a professora Maria Augusta Made Pereira, idealizadora da Roda de Conversa, a palestra também mostra para todos os  alunos "não desistirem de um sonho, que tudo é possível, desde que se tenha um objetivo".  Ela disse ainda que essa é a segunda roda de conversa promovida na escola, sempre na área esportiva. "Acho que eles precisam desse direcionamento, com exemplos do esporte e da disciplina". 
 

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Paratletas nas cadeiras apertam a mão #paratodosverem
Paratletas falam no microfone #paratodosverem
Muitos estudantes assistem palestra de paratletas #paratodosverem