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Palestra em Santos exemplifica formas de combate à violência contra a mulher

Publicado: 10 de outubro de 2023 - 14h13
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Oitenta por cento dos casos de violência contra a mulher são registrados na casa da vítima, sendo cometidos pelo pai, marido, companheiro, namorado e ex-marido. O dado foi apresentado na manhã desta terça-feira (10) pela responsável pela Coordenadoria de Políticas para a Mulher (Comulher) da Secretaria da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos da Prefeitura de Santos, Diná Ferreira Oliveira. Ela proferiu a palestra 'Violência contra a Mulher' na Escola da Saúde, órgão ligado à Secretaria da Saúde de Santos, para servidores da pasta. O Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher é lembrado neste 10 de outubro.

"O agressor só vai ser violento com quem ele quer controlar", afirma Diná. Ela alertou sobre comportamentos abusivos como demonstrações de ciúmes excessivo e situações em que a mulher recebe ofensas e humilhações. A responsável pela Comulher destacou que tem percebido casos de violência contra a mulher mesmo entre os mais jovens. "Os namorados já estão agredindo. A questão da 'posse' da mulher ainda é muito forte".

Os alertas sobre como detectar as formas de violência contra a mulher se tornam ainda mais relevantes ao ver os números registrados em Santos: em 2021 foram 2.056 casos; em 2022, 2.464 casos e, até julho deste ano, 2.494 registros. Diná Ferreira Oliveira faz um recorte nestes números, citando que durante o período mais crítico da pandemia de covid-19 houve aumento de casos de violência sexual, dentro dos lares, pelo confinamento em si e excesso de uso de álcool e drogas.

A coordenadora do Comulher ressalta que a decisão de fazer a denúncia cabe sempre à vítima. Não raro, as mulheres que passam por essa situação enfrentam atitudes como sensação de culpa, medo da solidão, fragilidade e, em alguns casos, até falta de apoio da própria família.

Como resultado, as estatísticas mostram que o tempo médio para se fazer uma denúncia de violência contra a mulher chega a 8 anos, por elas enfrentarem medo, dependência econômica e outras consequências.

Entre as vítimas mais velhas, citou Diná, muitas foram criadas com crenças do tipo "ruim com ele, pior sem ele" sobre as relações abusivas. Uma servidora que participou da palestra contou que cresceu ouvindo pessoas dizendo a seu pai frases do tipo "passou de consumidor a fornecedor", uma forma de violência verbal que coloca as mulheres como mercadoria.

COMO DENUNCIAR O AGRESSOR

As mulheres vítimas de violência em Santos devem procurar a Delegacia de Defesa da Mulher, que fica na Rua Assis Corrêa, 50, Gonzaga, -  contato é o (13) 3225-4222 -, ou a delegacia de polícia mais próxima e registrar o boletim de ocorrência.

Também é recomendado acionar a Coordenadoria de Assistência Judiciária Gratuita e Orientação Jurídica ao Cidadão (Cadoj), que atende na Rua General Câmara, 5, 14° andar, Centro Histórico. Contato (13) 3201-5632. Ou também a Defensoria Pública do Estado, na Rua João Pessoa, 241, Centro Histórico. Telefones (13) 3221-3591 e 0800-773-4340.

As denúncias também podem ser encaminhadas ao portal www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br e ao whatsApp (61) 9610-0180.

Esta iniciativa contempla o item 16 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Paz, Justiça e Instituições Eficazes. Conheça os outros artigos dos ODS.

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