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Palestra em Santos discute importância de rede de apoio para mães que trabalham e amamentam

Publicado: 2 de agosto de 2023 - 16h51

Nesta quarta-feira (2) ocorreu a palestra ‘Mãe Trabalhadora que Amamenta’ no Paço Municipal, que integra a programação do Agosto Dourado da Capep-Saúde de Santos. Apresentada pela terapeuta ocupacional Ana Dill e pela fonoaudióloga Eliane Blanco, a palestra levou para as mães informações sobre a amamentação e sobre o apoio que a mulher que está amamentando precisa para voltar ao trabalho.

A legislação brasileira prevê uma licença maternidade de 4 meses para quem é CLT, porém o Ministério da Saúde recomenda o aleitamento exclusivo até os 6 meses de vida do bebê. “Esse paradoxo é o maior desafio para as mulheres que amamentam, elas precisam de uma rede de apoio para poder manter o aleitamento”, explica Eliane.

Pensando nisso, o Ministério da Saúde, junto com a Anvisa, lançou em 2010 uma nota técnica com um tripé para apoiar o aleitamento materno exclusivo. A nota sugere que as mulheres tenham seis meses de licença maternidade, que sejam implantadas creches no local de trabalho e uma sala de apoio à amamentação.

Apenas os órgãos públicos aderiram à licença de seis meses. Algumas empresas oferecem apenas a sala de apoio à amamentação, onde a mulher pode ordenhar e armazenar seu leite de maneira adequada. Por isso, é essencial que a mulher tenha uma rede de apoio em casa, com pessoas próximas que possam ofertar o leite dela ao bebê.

“Os chefes precisam ser compreensivos, pois o retorno ao trabalho é uma readaptação difícil para a mãe” conta Ana Dill. “A mãe precisa se programar para garantir a alimentação e ao mesmo tempo equilibrar com a rotina de trabalho, não é um retorno tranquilo na maioria dos casos, de acordo com a terapeuta”, diz.

É o caso de Fernanda Mitsuzaki, oficial de administração do Poupatempo, que voltou ao trabalho recentemente, 8 meses após ter uma filha. Isso foi possível porque Fernanda trabalha em um órgão público e se organizou para acumular férias e poder cuidar de sua filha tranquilamente. “Fico imaginando quem só tem quatro meses, é pouco tempo, pois a criança ainda depende muito de você”, conta.

Mesmo com esse tempo, a volta ao trabalho foi difícil, Fernanda precisou planejar muito bem sua nova rotina. Agora ela precisa ordenhar em sua hora de almoço, então comprou bombinha e pote para não sentir dor. 

Fernanda participou de todos os cursos da Capep-Saúde enquanto estava grávida para ter toda a informação que precisava. Passou por acompanhamento de amamentação porque sabia que o processo não precisava ser dolorido. Ela considera todo esse conhecimento que adquiriu muito importante, pois quer continuar a oferecer seu leite para a filha. “Quero continuar para a saúde dela, quanto mais eu puder oferecer para ela de proteção e saúde, melhor” explica.

As mães que voltaram a trabalhar e tiverem dúvidas sobre amamentação e rede de apoio podem procurar em Santos qualquer policlínica, o banco de leite do Hospital Guilherme Álvaro (Rua Oswaldo Cruz, 197) e a Seção de Vigilância e Referência em Saúde do Trabalhador (Avenida Senador Pinheiro Machado, 565).

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde de Qualidade. Conheça os outros itens dos ODS