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Paço municipal completa 70 anos com exposição

Publicado: 23 de janeiro de 2009
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O Paço Municipal também chamado Palácio José Bonifácio em homenagem ao Patriarca da Independência completa 70 anos na segunda(26), dia do aniversário de Santos. Sede da prefeitura, abrigando os poderes Executivo e Legislativo, o imóvel, que tem linhas clássicas, reúne sete pavimentos onde funcionam diversas secretarias e departamentos. Até o dia 27, a Fams (Fundação Arquivo e Memória de Santos) promove uma exposição, com painéis de fotos antigas e textos históricos sobre o Paço no hall de entrada do imóvel. As visitas monitorados ao Paço Municipal começaram em 2004, sendo que em 2007 o local recebeu 8.042 turistas e em 2008 (até novembro) um total de 6.479 pessoas, segundo dados da Setur (Secretaria de Turismo). As visitas ocorrem na temporada, aos sábados, domingos, feriados e pontos facultativos, a cada meia hora, das 11h às 17h, com guia da Setur. O imóvel foi inaugurado em 1939, quando Santos comemorava seu centenário de elevação de vila à cidade. A construção levou dois anos para ser concluída e possui acabamento em mármore italiano e jacarandá, além de lustres de cristal da Bohêmia. Entre os destaques constam o salão nobre Esmeraldo Tarquínio e a sala Princesa Isabel. Em sua inauguração recebeu a visita do então presidente Getúlio Vargas. O projeto arquitetônico é de autoria do engenheiro Plínio Botelho do Amaral. Mas, até o Paço chegar a palácio, passaram-se quase 400 anos. Os registros apontam que o primeiro edifício que abrigou o poder político e administrativo da cidade ficava onde atualmente está localizada a Alfândega, na Praça da República. Era um outro prédio, por volta de 1550, quando o Legislativo governava, pois a prefeitura passou a existir a partir de 1907. Em 1580, o governo local passou para a esquina da Rua Martim Afonso com a Praça da República, edificação demolida em 1869, ano em que a nova sede passou a ser a Casa de Câmara e Cadeia. Em 1894, com os ares da República, proclamada em 1889, começa a ser mais estimulada a idéia de construção de um Paço Municipal mais adequado, amplo, apropriado para os poderes constituídos. Nesse período, como não havia recursos para as obras, foi alugado imóvel entre os casarões do Largo Marquês de Monte Alegre, área em frente à Igreja do Valongo. Ali, permaneceu a administração do município até a inauguração do atual Paço. Os documentos registram que, em 1907, foi escolhido o trecho onde hoje fica a Praça Mauá para a construção do Paço Municipal. Um decreto (nº 268, de 12 de julho daquele ano) considerou os terrenos daquela área de utilidade pública para fins de desapropriação, que acabou tendo início em 1908, terminando somente em 1927, devido à falta de recursos. Em 1936, com o projeto do Paço pronto, um empréstimo bancário internacional é solicitado para completar os recursos disponíveis para a realização da obra. Foram obtidas 2.260.000 libras esterlinas. No total, o empreendimento, orçado em quatro mil contos de réis, acabou custando 10 mil contos de réis. Em dezembro daquele ano é iniciada a obra. Em novembro de 38, um decreto, até hoje vigente, limita a altura dos edifícios ao redor do palácio a 18 metros. Em 26 de janeiro de 39, é inaugurado o prédio de seis andares, incluindo o térreo, construído pela Sociedade Technica e Commercial Anhanguera Ltda., tendo como engenheiro responsável Antonio Bayma. SÍMBOLOS A edificação do Paço é repleta de simbolismo. Além das estátuas na entrada (Hermes e Minerva, representando o comércio e a indústria) e vitrais com identificações técnicas, apontando a localização dada inicialmente para os setores, nota-se certa relação, que parece ser proposital, de alguns símbolos relacionados à maçonaria, instituição de grande influência sobre José Bonifácio e Dom Pedro I, por exemplo. Nomes que tiveram participação ativa em movimentos como os da Independência, Abolição da Escravatura e Proclamação da República.