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Pacientes de aids passam a contar com o medicamento kaletra

Publicado: 10 de setembro de 2001
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O Município de Santos, mantendo a tradição de proporcionar um dos melhores programa do País no atendimento a pacientes infectados com o vírus do HIV, já está fornecendo um dos medicamentos inibidores de protease (enzima produzida pelo organismo, que acelera a multiplicação do HIV) mais avançados no tratamento contra a Aids, ainda não padronizado pelo Ministério da Saúde. Quinze adultos e 20 crianças estão sendo beneficiados com essa nova terapia, que é de alto custo mas de grande eficácia na prevenção de doenças oportunistas, na medida que atua nas células de defesa do organismo. A Secretria de Saúde, destaca a importância da iniciativa do Município na distribuição gratuita desse composto, enviou ofícios e manteve contatos com o Ministério da Saúde para que o Kaletra entre na lista dos medicamentos fornecidos pelo Governo Federal. Essa distribuição está prevista a partir de janeiro do próximo ano. PRIMEIRO LOTE No final da semana, chegou à Secraids o primeiro lote do medicamento para adultos, e o segundo para crianças. Os medicamentos só serão entregues aos pacientes que receberem indicação dos infectologistas da rede para esse tratamento. Cada frasco custa R$ 908,53 e vem com 180 cápsulas, suficientes para 28 dias, na medida que cada paciente consome seis drágeas/dia. O Kaletra é um poderoso composto de dois inibidores de protease, o Lopinavir e o Ritonavir. Ele ataca a enzima protease viral, fundamental para a replicação do vírus HIV. Fabricado nos Estados Unidos, o medicamente pode beneficiar alguns casos iniciais da doença, quando os pacientes têm população de CD4 (cédulas de defesa) menor que 200 e carga viral com mais de l00 mil cópias. Também previne doenças oportunistas, como tuberculose e pneumonia. Secraids distribui mais de 2 mil coquetéis mês A Seção Centro de Referência em Aids (Rua Luíza Macuco, 40,) proporciona assistência multiprofissional a pacientes com HIV, em ambulatório, Hospital Dia e Internação Domiciliar. Na unidade também funciona o laboratório, que realiza média de 5 mil exames/mês. Estão matriculados na Secraids 4.271 portadores do HIV, sendo que 2020 são beneficiados com distribuição dos coquetéis. Atualmente, o custo mensal médio de um paciente portador do HIV é de R$ 2.500 mês. Embora com uma equipe pequena em relação, 68 funcionários, incluindo os da área administrativa, o Craids é um dos setores da SMS mais ativos. Média de 160 pacientes passam diariamente pelo local, para diferentes procedimentos. Além do tratamento ambulatorial, o setor abriga vigilância epidemiológica própria, farmácia e proporciona atendimento odontológico, psicológico e de assistência social. Amanhã, quarta-feira, dia 12, estará sendo realizado, por exemplo, o Chá Pra Lá de Positivo, reunião mensal para debater temas diversos. O de amanhã será HIV, Eu conto? O próprio setor administrativo é muito mais complexo que os demais, na medida que os funcionários trabalham com a documentação relacionada à internação hospitalar, em função do hospital dia.