Paciente idosa obteve vaga na santa casa onde faleceu
A senhora A.M.S. internada no Pronto-Socorro Central, no último dia 10 de junho, com diagnóstico de fratura de fêmur esquerdo e outros problemas de saúde, entre as quais doença pulmonar obstrutiva crônica, obteve o atendimento adequado no PS, dentro do que é previsto pelo protocolo-SUS, até que houvesse sua transferência para a Santa Casa, no dia 29 de junho, onde veio a falecer no dia 6 de julho. A solicitação de vaga para tratamento cirúrgico num dos hospitais referência para o SUS Sistema Único de Saúde (Santa Casa e Beneficência) e na Central de Vagas do DIR foi feita desde dia 10, quando a paciente ingressou no PS, mas em seu caso específico, houve uma demora acima da média normal para o surgimento da vaga hospitalar. A criação de vaga não depende do Pronto-Socorro, sendo que no período de 1º de abril a 15 de julho deste ano, a média de espera de cada paciente foi de 2,6 dias. As explicações envolvendo o atendimento dado à paciente falecida na Santa Casa, assunto de recente matéria focalizada pela imprensa, foram prestadas pelo do Departamento de Atendimento Hospitalar e Pré-Hospitalar da Secretaria de Saúde. A notificação feita pelo Ministério Público para que houvesse a abertura de vaga imediata em hospital, foi dirigida à Santa Casa, e não à SMS. ATENDIMENTO CORRETO - No atendimento de urgência houve todos os procedimentos corretos. Foi feito RX de fêmur, exames laboratoriais para o pré-operatório, eletrocardiograma e RX do Tórax, aplicado tração cutânea do fêmur e iniciado o tratamento clínico, na medida que após o segundo dia de internação o diagnóstico definitivo constatou que a paciente muito idosa, apresentava vários problemas, próprios da idade, além da fratura do fêmur. Era portadora de hérnia abdominal e DPOC doença pulmonar obstrutiva crônica. Ela permaneceu aguardando vaga com evolução clínica estável, sendo transferida para a Santa Casa às 14h30 do dia 29, vindo a falecer oito dias depois, no hospital. Embora o Pronto-Socorro Central seja um equipamento moderno e equipado com 10 leitos de UTI semi-intensiva e 20 leitos para repouso, não tem condições de realizar operações. Em caso de fratura de fêmur (um fato que atinge sobretudo os idosos portadores de osteoporose), os pacientes são atendidos no Serviço de Ortopedia Trauma e encaminhados ao Repouso para internação aos cuidados da equipe médica e acompanhados também pela equipe de ortopedia. São solicitados exames subsidiários para avaliação clínica e para o pré-operatório ECG Eletrocardiograma exames laboratoriais e RX de Tórax. E finalmente é feita solicitação de vaga na Central de Vagas do DIR e nos hospitais de referência, Santa Casa de Santos e Beneficência Portuguesa para o tratamento cirúrgico.