Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Olimpíada Brasileira do Oceano premia duas escolas municipais de Santos

Publicado: 13 de outubro de 2022 - 18h17

ROSANA RIFE

Mais de cem alunos das redes municipal e particular lotaram o auditório da Associação Comercial de Santos (ACS) para a cerimônia de entrega da premiação da 2ª edição da Olimpíada Brasileira do Oceano, nesta quinta-feira (13). Duas escolas municipais de Santos se destacaram levando ouro e prata na modalidade  Produções Artísticas, Culturais e Tecnológicas.

Na plateia, rostinhos ansiosos aguardando os certificados.  A primeira a ser chamada ao palco, a UME Professor João Papa Sobrinho. O projeto foi desenvolvido na unidade em cerca de quatro meses. Foram realizadas campanhas de reciclagem. Também foi montado o  cantinho do oceano, com livros e conversas sobre a importância do tema.  Os alunos também criaram músicas para tratar sobre a importância do oceano.

O projeto também saiu do ambiente escolar. Alunos, pais e professores foram à praia para recolher lixo descartado irregularmente. Toda essa experiência foi transformada em clipe e enviado para concorrer na Olimpíada, conta o professor e coordenador do projeto, Renato Rodrigues. 

E o resultado foi: ouro na modalidade Produções Artísticas, Culturais e Tecnológicas, nas etapas regional e nacional. “A gente fica emocionado ao vivenciar este momento com eles. Fizemos um clipe com as três músicas criadas. Nós envolvemos toda a comunidade e a ideia é transformá-los em multiplicadores”, diz Renato.

A aluna Ana Alice Bispo dos Santos, 10 anos, do 5º ano, comemorou muito o certificado. “Fiquei muito orgulhosa, porque nem todas as escolas têm uma experiência assim. Aprendi que o oceano é algo muito importante na nossa vida e temos de cuidar muito dele. Sem oceano é sem vida. É um aprendizado que vou levar para a vida”.

João Vicente Lima Santos, 11 anos, 5º ano, promete ser um agente multiplicador a partir de agora. “A gente acha que pega os recursos do planeta e não precisa fazer mais nada. Mas o dever de cuidar do planeta é de todos. Vou levar isso para os meus pais e conscientizar outras crianças para todo mundo ter um futuro melhor”. 

Alunos da Educação de Jovens e Adultos (Eja) e da Educação Especial da UME Maria Carmelita Proost Villaça também foram premiados.  Eles ficaram com prata na modalidade  Produções Artísticas, Culturais e Tecnológicas na etapa regional. 

O projeto iniciado desde o semestre passado trabalhou de forma cultural, artística e com a conscientização voltada para a importância do oceano na vida das pessoas. O tema sempre esteve presente no dia a dia da sala. Mas também foram organizadas palestras, instalações e atividades diferenciadas. 

“Foi um trabalho multidisciplinar. Todo mundo abraçou a ideia e cada um atuou em uma área. Na parte de artes, foi mesmo para sensibilizar os alunos”, conta a professora de Artes, Denise Diegues.  

O objetivo do corpo docente era que os estudantes também se tornassem multiplicadores de informação com o aprendizado que estava sendo desenvolvido.

“Fizemos uma imersão no tema. Nossas atividades não terminaram com a entrega do projeto. Elas ainda continuam sendo desenvolvidas”, diz a professora de Língua Portuguesa, Jaciara Santos Miguel. 

A experiência encantou Erandi Araújo de Oliveira Júnior, 20 anos. “Aprendi muito sobre o cuidado com o oceano e a importância de não se jogar lixo no chão. Espero que o ano que vem tenha mais”.

EMBAIXADORES

Mais de 10 mil estudantes de todo o País se inscreveram na Olimpíada, que é organizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Unesco, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. 

A ideia, segundo o professor do Instituto do Mar (Unifesp), Ronaldo Christofoletti, é despertar os estudantes para a ciência, focando na importância do oceano para a sobrevivência da população no mundo, transformando crianças, jovens e adultos em embaixadores olímpicos.

"É muito interessante ver este engajamento. Estamos vendo um crescimento do interesse neste segundo ano. Temos escolas de todo o Brasil no projeto. A ideia é ver como as nossas crianças podem aprender mais sobre o oceano e se tornarem multiplicadores. A Olimpíada é uma provocação. Queremos que elas tenham interesse em estudar, queiram, inclusive, desenvolver uma carreira na ciência. É um despertar".