Oficinas sensoriais vão revelar significado dos centros da juventude
Qual a associação que os adolescentes fazem aos centros da juventude mantidos pela prefeitura? O Laboratório de Terapia Ocupacional Social da Unifesp está atrás dessa resposta e iniciou oficinas sensoriais com os frequentadores dessas três unidades organizadas pela Seas (Secretaria de Assistência Social). Na sexta-feira, a atividade ocorreu na na unidade da Zona Noroeste; nesta segunda-feira (11), nos morros e Zona Leste. A instituição universitária apoia o projeto Ensaios do Cotidiano e colabora no planejamento e execução das atividades.
Vídeo
Dez adolescentes do Centro da Juventude da Zona Noroeste, de olhos vendados, tinham de identificar sons, cheiros, gostos e reconhecer objetos só com o tato. A estudante da Unifesp, Mariana Santos, uma das aplicadoras da oficina, explica a experiência. “Queremos saber o que significa o Centro da Juventude para eles”. Ela conta que esse laboratório serve para identificar candidatos a participar de um futuro vídeo sobre o papel dos centros da juventude no dia a dia dos adolescentes.
O operador social Guilherme Cardoso Antunes esclarece que os adolescentes são estimulados a fazer uma reflexão não só sobre o espaço, mas de seu potencial. “Daqui saíram bailarinos, professores, jornalistas, fisioterapeutas”, cita Guilherme.
Rafaela Aparecida Albino, 17 anos, frequenta o Centro da Juventude há 8 meses e diz que o local “é tudo” em sua vida. “Faço oficina, estudo, converso com os monitores que nos orientam. E eles explicam brincando, é diferente de conversar com pai ou mãe”.