Oficina no Aquário de Santos mostra para crianças o caminho percorrido da pesca até o prato

Entre as atividades de férias escolares realizadas no Aquário Municipal, está a oficina ‘Alimentos Azuis, do Mar ao Prato’, que foi apresentada para crianças de 8 a 11 anos na tarde desta quinta-feira (18), com o objetivo de oferecer uma experiência educativa abrangente, destacando a importância da pesca sustentável e conscientizando sobre a preservação dos recursos marinhos.

Comandando a interação estavam integrantes da Fundação Florestal, responsável pela gestão das unidades de conservação do estado de São Paulo.  Fica a cargo da entidade cuidar das áreas delimitadas para proteção ambiental, conhecidas como unidades de conservação.  “Existem as áreas de uso integral, como o Parque Estadual da Serra do Mar, e as de uso sustentável. Nós fazemos parte da Área de proteção ambiental (APA) Marinha Litoral Centro, que abrange de Peruíbe até Bertioga e atua protegendo a área marinha, estuários e costões rochosos”, diz a monitora da Fundação, Andréia Dom Pedro.

A oficina, que engloba parte teórica e prática, visa apresentar aos pequenos estudantes o caminho percorrido e todas as relações da pesca até chegar ao prato de cada um. A ideia é que eles conheçam um pouco sobre a pesca artesanal, que é forte no litoral.  “A gente explica a diferença entre pesca artesanal e industrial e como o peixe sai do mar e chega ao mercado e na casa deles. Então falamos um pouco sobre toda a cadeia produtiva, mas de uma forma lúdica”, acrescenta Andréia.

Durante as três horas de atividade, são abordados métodos como arrasto, cerco e emalhe, conta Andréia, dizendo ainda que a equipe trouxe coletes de um pescador de Peruíbe para demonstrar como é feito o arrasto de praia. 
“Assim eles terão a oportunidade de observar redes de pesca e outras atividades práticas para aprender sobre os recursos marinhos que não podem ser pescados, como tubarões, raias e o peixe mero, todos em risco de extinção”, explica.

Anthonio Rodrigues Constantino, 9 anos, já participou de um curso de férias sobre pesca no ano passado. Gostou tanto do tema que se inscreveu na oficina para aprender mais um pouco. “Amei o curso porque acho muito legal como ensinam sobre o mar e a importância da conscientização. Estou sabendo também sobre pesca ilegal e repasso tudo para meus pais e minha irmã”.

Sophia Tiemi, 10 anos, também faz parte do grupo que adora o mar. Ela conta que tem influência do avô, que é pescador. “O meu avô pesca caranguejo e quero ir com ele. Estou aprendendo bastante para isso. Gosto muito do meio ambiente e ajudo a cuidar. Já vi um adulto jogando garrafa PET no chão e chamei a atenção”.

Esta iniciativa contempla o item 14 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Vida na Água.
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