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Oficina destaca a fotografia como documento de arquivo

Publicado: 27 de agosto de 2008
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Lembrando que nenhum documento nasce histórico, 'nem mesmo a Lei Áurea', a historiadora Aline Lopes de Lacerda, da Fundação Oswaldo Cruz (RJ), frisou que a fotografia também pode ser tratada como fonte documental, desde que disponha de apoio textual, oferecendo indicativos de referência. Nesta quarta-feira (27), ao abrir as atividades do '4º. Seminário Regional de Memória, Arquivo, Biblioteca e Museu do Litoral Paulista e Vale do Ribeira', que a Fams (Fundação Arquivo e Memória de Santos) promove até sábado (30), a historiadora ressaltou que a fotografia não é um documento típico de arquivos, bibliotecas e museus, mas sim uma forma de documento que mostra determinada realidade graças a seus atributos de registrar uma aparência. 'Fotografia nunca é uma coisa só e tem que ser entendida nos seus lugares de produção e na própria situação retratada', alertou Aline, que coordenou a oficina Organização de Acervos Fotográficos. Para um público dos mais atentos e participativos, reunindo cerca de 40 pessoas das mais diferentes atividades, a historiadora disse que os arquivos textuais remontam à antigüidade, mas fotos e filmes são registros documentais apenas a partir da segunda metade do século XX. 'As imagens produzidas em forma documental específica apontam para significados que ajudam a entender a finalidade de sua existência como documento'. Em sua opinião, 'somente esse aspecto é capaz de dotar a imagem de seu caráter de documento de um arquivo', uma vez que o tratamento isolado de uma imagem não ajuda à compreensão de seus valores probatórios. 'E valor comprobatório é diferente de valor informativo', alertou. A programação do seminário prossegue nesta quinta-feira (28), às 9h, com a presença de autoridades da região na abertura das discussões técnicas, que começam com a mesa-redonda 'Ano internacional do saneamento', a cargo de profissionais da Sabesp, e, à tarde, com apresentação de experiências de Marília, Mongaguá, São Vicente, Santos, Cubatão, Iguape e Caraguatatuba. No final da manhã, haverá visita técnica ao acervo histórico da Sabesp e, à noite, passeio monitorado ao Teatro Coliseu.